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segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Pioneiro do transplante de medula óssea morre aos 92 anos

O médico E. Donnall Thomas, pioneiro dos transplantes de medula óssea, morto aos 92 anos neste sábadoO médico E. Donnall Thomas, pioneiro no uso de transplante de medula óssea para tratar pacientes com leucemia e ganhador do Nobel de medicina em 1990, morreu em Seattle, nos EUA, aos 92 anos.
 
O Centro de Pesquisa de Câncer Fred Hutchinson anunciou a morte neste sábado (20). Um representante do centro disse que a causa foi doença cardíaca.
 
O trabalho de Thomas está entre as maiores histórias de sucesso no tratamento do câncer.
 
O transplante de medula e de células-tronco sanguíneas aumentou a taxa de sobrevivência para alguns tipos de câncer hematológico para 90%. Antes, as chances de cura beiravam zero.

Neste ano, cerca de 60 mil transplantes serão feitos no mundo todo, segundo o centro Hutchinson.
 
"Imagine desenvolver uma ideia, torná-la realidade e tocar tantas vidas", disse Fred Appelbaum, amigo de Thomas e diretor do setor de pesquisa clínica do centro.
 
Donnall Thomas seguiu os passos do pai e se tornou médico depois de se formar em Harvard. Em 1956, ele fez o primeiro transplante de medula óssea em humanos.
 
O médico, junto com um pequeno time de colegas, incluindo sua mulher, Dottie, continuou com os transplantes ao longo dos anos 1960 e 1970, apesar do ceticismo do médicos em geral.
 
Sua equipe procurou curar cânceres do sangue destruindo a medula óssea doente do paciente com doses quase letais de radiação e quimioterapia. Depois, o paciente era salvo recebendo o transplante de medula óssea saudável. O objetivo era ter sangue e sistema imune funcionais e livres de câncer.
 
O procedimento acabou se tornando o tratamento-padrão para muitos tipos de leucemia e linfoma.
 
"Ele era brilhante, incrivelmente generoso e rápido em desviar elogios dirigidos a ele para as pessoas à sua volta", disse Appelbaum.
 
"Ao mesmo tempo, ainda que quieto e humilde, ele era teimoso", acrescentou. "Ele acreditava no que estava fazendo. É difícil imaginar hoje como foi difícil tornar o transplante realidade, porque estava contra a crença médica dominante."
 
Thomas entrou no corpo docente da Universidade de Washington em 1963. Em 1974, tornou-se o primeiro diretor de oncologia médica do centro Hutchinson. Agora, o centro é um dos mais importantes do mundo em tratamento e pesquisa.
 
O médico também editou as primeiras duas edições do livro de referência dos transplantes de medula "Hematopoietic Cell Transplantation", que se tornou uma "bíblia" desse campo.
 
"Para o mundo, Don Thomas será para sempre conhecido com o pai dos transplantes de medula óssea, mas para seus colegas ele será sempre lembrado como amigo, mentor e pioneiro", afirmou em nota o presidente do centro Hutchinson, Larry Corey.
Thomas deixa mulher, dois filhos e uma filha.
 
Fonte Folhaonline

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