É uma doença traiçoeira e ‘silenciosa’, que entra de rompante sem darmos conta, pois os avisos que deixa passam despercebidos. A osteoporose afecta cerca de 650 mil pessoas, das quais 590 mil são mulheres.
"Trata-se de uma ameaça invisível. É uma doença crónica, em que não podemos ver ou sentir o que vai acontecendo com os nossos ossos até que um deles parte", explica ao CM Albino Aroso, presidente da Associação Portuguesa de Osteoporose (APO).
Em todo o Mundo, a cada três segundos, ocorre uma fractura provocada pela osteoporose. Estimativas apontam para 40 mil fracturas por ano. A partir dos 50 anos, uma em cada três mulheres e um em cada cinco homens irá sofrer uma fractura. "Uma em cada cinco vítimas morre no espaço de um ano, na sequência da fractura da anca", alerta a APO, referindo-se à perda de mobilidade, isolamento e depressão dos mais velhos.
As mulheres, sobretudo pós--menopausa, são as mais vulneráveis a esta doença e o risco é mais elevado do que desenvolver cancros de mama, útero e ovários combinados. Para os homens, o risco é mais elevado do que ter cancro da próstata.
"Aproximadamente 50% das pessoas com uma fractura resultante da osteoporose terá outra fractura, sendo o risco de novas fracturas cada vez maior, explica Albino Aroso.
O número de pessoas com osteoporose tem vindo a subir devido ao aumento da esperança de vida. Em 2010, o peso económico das fracturas em Portugal foi de 592 milhões. O custo de cada doente internado, é, em média, de 6038 €, segundo dados do Congresso Europeu de Osteoporose.
A prevenção é, por isso, o maior escudo contra a doença. Proteger os ossos significa apostar numa alimentação rica em cálcio e vitamina D e em exercício físico, deixando de lado o consumo excessivo de álcool e o tabaco. O rastreio de densidade óssea deve fazer-se, de três em três anos, a partir dos 65 anos.
Fonte Correio da Manhã
Nenhum comentário:
Postar um comentário