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Cristina Pinto, filha de Rosa Cunha, não se conforma com a morte da mãe e exige responsabilidades |
O hospital nega ter-se "esquecido" de Rosa Cunha dentro da máquina e mandou abrir um processo de averiguações, "com carácter de urgência".
"Errar é humano, mas este erro custou a vida da minha mãe", disse ao CM, num misto de dor e revolta, a mais velha dos quatro filhos de Rosa Cunha. A família já decidiu avançar com processo judicial. "Não nos vai devolver a nossa mãe, mas alguém tem de pagar por este erro que nos causou tanta dor", vincou Cristina.
Residente em Tebosa, há sete anos que Rosa fazia tratamentos de fototerapia devido a uma doença de pele, psoríase. No dia 10, a última vez em que recorreu ao tratamento, terá sido exposta tempo demais a radiações ultravioleta. "Segundo nos explicaram no hospital, a enfermeira que pôs a minha mãe na máquina enganou-se no programa e em vez dos cinco minutos habituais, foi deixada 20 minutos na máquina", contou ao CM Cristina Pinto.
Nesse mesmo dia, Rosa sentiu-se mal. "Começou a ganhar bolhas de água por todo o corpo". Morreu na última sexta-feira, no Hospital de S. João, no Porto.
"Não foi esquecimento"
O Hospital de Braga garantiu ontem, em conferência de imprensa, que "não houve nenhum esquecimento da doente na câmara de fototerapia".
Numa curta declaração, sem direito a perguntas dos jornalistas, o director clínico do Hospital de Braga, Fernando Pardal, garantiu que já foi aberto um "processo interno de averiguações" à morte de Rosa Cunha, de 61 anos, "que há vários anos realizava tratamentos de fototerapia neste hospital".
Com base nos resultados preliminares da investigação, que o hospital se recusou adiantar, a Direcção Clínica e de Enfermagem reuniu com a família, a quem prestou "as informações disponíveis". Fernando Pardal disse ainda que o hospital "lamenta profundamente o ocorrido", mas recusou-se a esclarecer se a equipa médica responsável pelo tratamento de Rosa Cunha se mantém no activo.
Fonte Correio da Manhã
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