A habilidade de reconhecer os sinais da depressão depende do gênero tanto de quem observa quanto de quem está sofrendo com a condição.
Para chegar a essa conclusão o autor, Viren Swami, descreveu dois personagens (um homem e uma mulher) fictícios com os traços depressivos característicos e pediu que diversos participantes identificassem os sintomas e associassem a um transtorno mental ou a situação rotineira que os personagens estivessem enfrentando.
No estudo, feito pela Universidade de Westminster, no Reino Unido, homens e mulheres reconheceram de forma mais rápida e classificaram a personagem feminina como alguém com sintomas da depressão.
Quanto o assunto eram um personagem masculino, os homens tiveram um índice de acerto muito menor que as mulheres e essas tiveram maior dificuldade (tinham que acessar mais informações) para identificá-lo com depressão.
“Os homens também eram mais propensos a indicar que a personagem feminina procurasse ajuda profissional para tratar seu possível problema, além de apontarem a seriedade do problema. As mulheres tiveram maior tendência de fazer esse tipo de sugestão para o personagem masculino, mas não para outra mulher”, diz o autor cuja pesquisa foi publicada no periódico PLOs One.
“Houve muita resistência, por parte dos grupos do mesmo sexo, de apontar que a psicoterapia ou outras abordagens psiquiátricas como algo necessário. Homens eram mais empáticos com as mulheres e vice-versa. No caso de personagens do mesmo sexo dos participantes as abordagens eram menos ‘científicas’, como sugerir que o indivíduo fictício deveria procurar um amigo ou fazer algo para se desestressar, como hobbies ou sair com os amigos”, completa o pesquisador que diz que os estereótipos de gênero podem ser muito importantes para definir quando uma pessoa com traços de depressão procure o tratamento adequado e isso deve ser melhor observado por outras pesquisas e pelos profissionais de saúde.
Fonte O que eu tenho
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