Você é uma daquelas pessoa que não consegue ficar parada? Saiba que isso é um sintoma de um tipo de ansiedade cujo gatilho é justamente a possibilidade de relaxar.
Muitas pessoas não deixam de sonhar com suas férias o ano inteiro, ou então ficam ansiosas pelo próximo feriado para poder ficar de pernas pro ar. Pois saiba que há indivíduos que ficam tão ansiosos quanto, mas pelo motivo inverso: elas odeiam não fazer nada.
A conclusão é de uma pesquisa feita na Universidade de Cincinnati, nos EUA, e que demonstrou que o fenômeno – chamado de ansiedade induzida pelo relaxamento – é mais comum do que se pensava.
“O paradoxo da ansiedade induzida pelo relaxamento não é incomum. Todos conhecem alguém que preferia estar trabalhando do que viajando para a praia em um feriado. Elas afirmam que quando param para relaxar voltam pensando mais devagar ou então ficam com medo de serem taxadas de vagabundas. Há até mesmo aquelas que não gostam da sensação dos músculos ficando mais ‘moles’, como se isso fosse algum anti-natural”, explica Christina Luberto, a autora da pesquisa.
Isso, diz Luberto, tem relações com diversos problemas, desde questões sociais, emocionais, cognitivas e mesmo físicas. Qualquer sinal de diminuição do ritmo – menos reuniões ou encontros sociais, corpo mais relaxado, menor produtividade em casa ou no trabalho ou mesmo pensar em menos problemas – as faz sentir ansiosas por estarem perdendo o controle sobre algo importante para elas: seu ritmo de vida.
“Estudos anteriores apontam que esses indivíduos são mais sensíveis à ansiedade de um modo em geral, mas o gatilho nesse caso específico é essa mudança de ritmo diário. Para essas pessoas relaxar é estressante. É um sentimento de medo, que pode ter raízes em diversas experiências pessoais”, diz a autora.
“Considerando que boa parte dos tratamentos para ansiedade envolvem terapias de relaxamento diversas, identificar esse tipo de fenômeno e saber classificá-lo é importante para que alguns tipos de pessoas não entrem em um círculo vicioso e desenvolvam o estresse crônico, por exemplo”, finaliza Luberto, que agora trabalha em uma escala de valores que possam mensurar a ansiedade induzida pelo relaxamento.
Fonte O que eu tenho
Nenhum comentário:
Postar um comentário