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quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Feriados aumentam incidência de acidentes com crianças

 
Elas pulam, correm, jogam bola. Tudo dentro de um espaço que pode ser visto como um campo minado para as crianças: dentro de casa. A falta de um local ideal para brincadeiras pode levar a diversos acidentes no ambiente doméstico. Objetos de vidro e móveis podem levar a diversas surpresas desagradáveis para os pais. Os acidentes são ainda mais comuns nos finais de semana, feriados e nas datas comemorativas como Natal ou mesmo aniversários – quando o brinquedo novo e a ansiedade para estreá-lo tomam conta dos pequenos.
 
“Uma brincadeira que parece boba, como pular pela casa em cima dos sofás, pode levar a quedas. As crianças imitam o que veem na televisão, por exemplo, e não têm noção de que quando caírem podem se machucar gravemente”, explica Rômulo Brasil Filho, ortopedista do Hospital Santa Catarina em São Paulo, experiente em atender as crianças vítimas desse tipo de acidente envolvendo brincadeiras.
 
O especialista explica que as crianças têm muita energia para gastar e muitas vezes os pais não têm o hábito de levá-las para espaços ideais, como parques ou praças, afinal, o espaço doméstico é mais confortável para os adultos, regra que não se aplica para as crianças: para elas, ter liberdade para brincar é sinônimo de ter espaço para se movimentar.
 
“Espaços assim, como os parques, são menos propensos aos acidentes especialmente por serem locais mais planos e onde a criança, no caso de uma queda, tem espaço para se defender, ou seja, para reagir e se proteger com as mãos, por exemplo”, diz Rômulo. Não que os acidentes não aconteçam, mas podem ser menos traumáticos.
 
O espaço doméstico – especialmente os apartamentos –, ao contrário, podem contribuir com os acidentes envolvendo brincadeiras, pois o piso inadequado, a quantidade de objetos que podem cair e quebrar (machucando as crianças) e mesmo a proximidade com locais potencialmente perigosos, como a cozinha, não são ideais para as brincadeiras.
 
“E mesmo nas áreas comuns dos prédios é importante que os pais fiquem atentos a potenciais acidentes. Brincadeiras envolvendo crianças com idades muito diferentes é algo que merece atenção. As crianças não têm muita noção da força que aplicam e brincadeiras do tipo ‘luta’ podem acabar machucando alguém”, aponta Rômulo, lembrando também que muitos playgrounds e áreas comunitárias são cimentados, outro limitador para as brincadeiras e catalisador de situações envolvendo arranhões, batidas e machucados diversos.
 
Brincadeiras perigosas aos olhos dos pais são menos propensas a acidentes
Para a surpresa geral, algumas brincadeiras aparentemente mais perigosas são menos propensas a acidentes. “O skate, a bicicleta e o patins são a minoria dos casos de crianças que se machucam brincando. Em parte é pelo fato de que uma boa parte das crianças usa equipamentos de proteção – coisa simples, como joelheira e capacete –, mas em parte também pela própria atenção das crianças: elas sabem que a queda pode ocorrer e, portanto, prestam mais atenção à atividade, além de escolherem com cuidado onde brincar com esses apetrechos”, diz Rômulo.
 
Mas isso não as livra de eventuais contusões, torções no tornozelo (no caso dos patins) e mesmo fraturas ósseas. Entretanto, essas condições são mais comuns com as observadas em outras atividades como o futebol, por exemplo, onde há vários fatores – e crianças – envolvidos.
 
“A parte boa é que as crianças se recuperam muito rápido. Quanto mais jovens, menor o tempo necessário para uma cicatrização de um machucado ou então mais rapidamente um osso se reconstitui. Mesmo desvios ósseos, que podem ocorrer dependendo da fratura, podem vir a se corrigir naturalmente no processo de crescimento da criança sem que haja necessidade de cirurgia, por exemplo”, tranquiliza Rômulo, enfatizando a necessidade das crianças terem uma rotina de brincadeiras – especialmente as que envolvam convívio social com amigos – e a importância dos pais motivarem essas atividades e estarem presentes para dar o apoio necessário (afetivo também) para esses indivíduos em desenvolvimento.
 
Fonte O que eu tenho

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