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sábado, 12 de janeiro de 2013

Cistite: diga não neste verão

Sensação de bexiga cheia, urgência para urinar e ardência no canal uretral. A cistite, infecção na bexiga causada por bactérias, costuma perseguir o público feminino e se manifestar durante o ano todo, mas é no verão que se torna mais freqüente. O calor e a umidade típicos da estação favorecem o quadro infeccioso. Os especialistas alertam: uma em cada quatro mulheres terá o problema no decorrer da vida.
 
Os homens não estão totalmente livres, mas é raro a doença acometer a ala masculina. Segundo Rogério de Fraga, urologista, a explicação é a anatomia: “a uretra na mulher é muito mais curta que no homem e bastante próxima do canal vaginal e do ânus, o que favorece a infecção por bactérias”. Aliás, mais de 70% dos quadros infecciosos são causadas pela Escherichia coli, bactéria que integra a flora intestinal.
 
Segundo Fraga, mau cheiro e sangue na urina também podem fazer parte dos sintomas da cistite, que atinge com maior freqüência mulheres adultas jovens, embora também seja incidente na terceira idade, devido às alterações hormonais provocadas pela menopausa. Hábitos higiênicos inadequados, segurar demais a urina, imunidade baixa e prática sexual freqüente são fatores que podem favorecer o aparecimento da doença.
 
Mulheres grávidas também apresentam maior predisposição às infecções urinárias. De acordo com Fernando Koleski, urologista, quando não tratada adequadamente, a doença pode evoluir e até causar parto prematuro e aborto no primeiro trimestre de gestação. “Por isso, a mulher deve ficar atenta a qualquer sinal de infecção e procurar o médico assim que detectar algo errado”, ressalta.
 
Tratamento
Ao sentir algum dos incômodos da cistite dando as caras, o primeiro passo é fazer um exame de urina para detectar o tipo de bactéria causadora do problema. “Somente depois será prescrito o antibiótico para o tratamento, que pode durar entre três e sete dias. Analgésicos também podem ser indicados para atenuar a dor”, explica Fraga.

Automedicação está fora de questão. “Isso só atrapalha. O erro está em fazer uso de antibióticos que são ineficazes contra a bactéria em questão, o que a torna resistente, ou tomar analgésicos que mascaram os sintomas, mas não eliminam a infecção”, diz o urologista. Segundo ele, a doença pode evoluir e atingir o rim, causando pielonefrite, cujos sintomas são dor nas costas na altura dos rins, febre alta, calafrios e toxemia (presença de toxinas no sangue).
 
Os especialistas ressaltam o perigo de parar de tomar o medicamento quando os sintomas desaparecem. “Isso torna as bactérias resistentes e as infecções, recorrentes“, contam. Isso só agrava a situação – cerca de metade das mulheres que procuram o médico por conta da cistite apresenta de duas ou mais infecções urinárias ao ano.
 
Fraga lembra que vale chamar a atenção para a ocorrência de mais de dois episódios ao ano, pois pode caracterizar a cistite recorrente, quadro que deve ser avaliado pelo urologista para identificar e tratar os fatores que geram a predisposição.
 
Prevenção natural
A mais nova aliada na prevenção de infecções urinárias é uma frutinha vermelha muito parecida com a cereja e pouco comum no Brasil: o Cranberry.
 
Estudo realizado pela Universidade de Harvard, feito com 1.049 participantes, mostrou que o consumo diário de produtos à base da fruta, ao longo de um ano, reduzia a incidência de infecções urinárias em 35%. O efeito foi ainda maior em mulheres. Nelas, a redução foi de 39%.
 
Segundo os urologistas, a exótica fruta americana possui substâncias que regulam o pH da vagina e protegem o tecido da bexiga da aderência bacteriana. “O suco funciona mesmo na prática. Ele não trata o problema, mas ajuda na prevenção das infecções, principalmente as recorrentes”, avalia Koleski.
 
Fonte Corposaun

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