O nascimento de bebês prematuros tem crescido no mundo. Segundo o último relatório da Organização Mundial da Saúde, divulgado no ano passado, o Brasil é o 10º país com maior taxa de prematuros, com 9,2% dos bebês nascendo antes das 37 semanas de gestação.
Entre 1990 e 2010, a OMS estima um aumento de 9% nesses nascimentos na América Latina.
"Pensava-se que essa taxa fosse diminuir por causa do aumento no cuidado pré-natal, mas as mães têm tido filhos mais tardiamente", afirma Alice Deustch, coordenadora da UTI Neonatal do Hospital Israelita Albert Einstein.
"Ao mesmo tempo, esse melhor monitoramento da gestação tem detectado problemas precocemente, o que pode levar à necessidade de interromper a gestação", diz Renato Procianoy, presidente do Departamento Científico de Neonatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria.
Mães mais velhas têm maior risco por causa de doenças associadas, como a hipertensão. A fertilização in vitro muitas vezes gera gestações múltiplas e, não raro, prematuros.
Exceção
Procianoy diz que prematuros com menos de 1,5 kg, como Sophia, representam só 1% dos partos.
As causas mais comuns para o nascimento de prematuros com menos de 28 semanas são infecções maternas, hipertensão e perfusão da placenta, afirma.
Filomena Bernardes de Melo, neonatologista do Hospital e Maternidade Santa Joana, onde Sophia nasceu, diz que os limites de viabilidade têm se expandido em hospitais mais estruturados.
No Santa Joana, cerca de 60% dos bebês com 24 semanas sobrevivem. No Brasil como um todo, diz ela, o índice fica em 20%.
"A Sophia era uma prematura bastante extrema, de altíssimo risco, que foi submetida a muitas cirurgias. Felizmente, ela evoluiu muito bem."
Fonte Folhaonline
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