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segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

5 dicas de saúde que perderam a validade

 Novos estudos mostram que correr e ter problemas nos joelhos
 são duas coisas diferentes
A medicina, ano após ano, faz diversas descobertas novas. Muitas vezes algo que era amplamente divulgado como saudável – mesmo com as ressalvas feitas pelos pesquisadores da área – podem mudar de lado e se tornarem vilões contra a saúde. Veja algumas dessas dicas que já perderam a validade ou pelo menos já são questionadas no meio médico.

1. Bronzeado é sinônimo de saúde
Radiação ultravioleta causa câncer, já se sabe. Em 2009, a superexposição ao sol se juntou ao tabaco, na lista da Organização Mundial de Saúde (OMS) como um dos maiores causadores de câncer no mundo. Na realidade, é necessário algum tempo ao sol para que o organismo absorva vitamina D o que se discute agora é qual o tempo mínimo que se deve ficar ao sol.
 
“Atualmente a Academia Americana de Dermatologia não recomenda exposição ao sol ou bronzeamento artificial para obtenção de vitamina D, porque a radiação ultravioleta pode levar ao desenvolvimento de câncer de pele. Receber a vitamina D a partir de uma dieta saudável, o que inclui, naturalmente, alimentos enriquecidos com vitamina D, alimentos fortificados e bebidas, e/ou suplementos vitamínicos é uma alternativa mais saudável. Discuta com o seu médico a sua necessidade de reposição de vitamina D”, diz Cristina Martinez Abdalla, dermatologista do Núcleo Avançado de Câncer de Pele do Hospital Sírio-Libanês.
 
2. Uma aspirina por dia faz bem para a saúde
Se você é saudável, não é necessário fazer a terapia da aspirina, apesar de se saber que o consumo diário de aspirinas pode prevenir infartos do coração em pessoas com doenças coronárias.
 
Porém, um estudo da organização European-based Aspirin for Asymptomatic Atherosclerosis (AAA), publicado na Espanha, diz que pessoas saudáveis que tomam aspirinas diariamente para prevenir problemas do coração podem na realidade tornar-se mais propensas a terem acidentes vasculares cerebrais (AVC) hemorrágicos ou sangramentos internos no corpo, o que não compensaria o risco.
 
Para essas pessoas, deixar de lado a crença em uma “pílula mágica” e investir mais tempo em uma rotina de exercício diária e uma dieta saudável ainda é a melhor opção.
 
3. Só fazer a dieta “mais saudável de todos os tempos”
Nada errado em comer saudável, certo? Mas qual o limite? Nos últimos anos os médicos identificaram um transtorno alimentar chamado por alguns de “ortorexia nervosa”. São aqueles indivíduos que simplesmente não aceitam a ideia de comer qualquer coisa que não seja natural. Outros adotam dietas restritivas a longo prazo e ainda há aqueles que optam por comer somente comidas de uma culinária exótica específica (normalmente ligada a uma ideia de purificação corporal). Seja qual for a opção, a obsessão pode resultar em falta de vitaminas. Quanto mais variada a alimentação, mais seu corpo se torna saudável.
 
“Embora a ‘ortorexia nervosa’ ainda não seja reconhecida como um transtorno alimentar nos manuais de diagnósticos, o comportamento obcecado por alimentos biologicamente puros está longe de ser saudável. Essa obsessão na escolha dos alimentos nos remete aos comportamentos exibidos em transtornos alimentares já reconhecidos como anorexia nervosa e bulimia”, diz Luciana Theodoro, do Núcleo de Obesidade e Transtornos Alimentares do Hospital Sírio-Libanês.
 
O problema, completa, caracteriza-se por uma tentativa de controle exagerado, extremista e restritivo em relação à alimentação.
 
“Essa atitude acaba fazendo com que o individuo se afaste de seu meio social e viva cada vez mais isolado. A busca por uma vida saudável não pode chegar ao ponto de excluir alguém do contato com familiares e amigos”, afirma a especialista que lembra ainda que esse tipo de transtorno precisa ser diagnosticado e tratado o quanto antes. Nenhuma obsessão, seja lá pelo que for, fará bem ao corpo e a mente.
 
4. Margarina é melhor que manteiga?
A margarina é uma emulsão cremosa composta de uma mistura de óleo vegetal, leite desnatado e outros componentes. Após o processamento, o produto apresenta uma quantidade mínima de gordura trans. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), quase todas as margarinas tem zero trans no rótulo, uma vez que o alimento, para ser considerado zero trans, precisa ter de zero a 0,3 de gordura trans por porção. Em 2003, a ANVISA passou a exigir que a quantidade de trans estivesse informada nos rótulos. As empresas começaram a retirar o ingrediente da composição mas, ainda assim, algumas margarinas apresentam essa gordura.
 
“A gordura do tipo trans, que não é tão bem vinda ao organismo, comporta-se como uma gordura saturada, aumentando os índices de colesterol ‘ruim’, mas isso não quer dizer que, comendo a margarina, o colesterol vai aumentar. Isso se refere às pessoas que tem um consumo exagerado do produto ao longo do dia ou já tem o colesterol aumentado, pois reflete negativamente no colesterol”, diz Sandra Regina Alves Belo, nutricionista clínica do Hospital Sírio-Libanês.
 
“Se compararmos os valores calóricos da margarina e da manteiga, observa-se que a margarina possui menos calorias, enquanto que a manteiga possui mais colesterol ‘ruim’, por ser derivada da nata do leite. A vantagem da manteiga é que ela não possui gordura do tipo trans”, explica.
 
Para quem não dispensa o consumo da margarina ou da manteiga, o ideal é que ambas sejam consumidas com moderação. Neste caso, o óleo de oliva é uma boa substituição destes dois produtos, pois contém compostos importantes para o organismo humano, como o ômega 3, que é uma gordura que faz bem ao coração.
 
5. Correr faz mal ao joelho
Durante muito tempo os médicos sugeriram que nadar e andar era melhor do que correr, pois assumia-se que esta prática, com o tempo, destruiria o joelho. Novos estudos mostram que correr e ter problemas nos joelhos são duas coisas diferentes. Uma pesquisa da Universidade de Stanford, nos EUA, mostrou que, em 20 anos, apenas 7% de um grupo de corredores pesquisados tiveram problemas nos joelhos. Os maiores problemas foram associados a ferimentos fora da corrida e por correr de forma errada ou com equipamento de má qualidade.
 
Outro estudo austríaco também observou, por 10 anos, corredores de maratona.Os resultados foram similares. Portanto se a corrida é seu esporte favorito e você pensou em interromper as atividades pra se proteger no futuro, talvez seja hora de procurar um médico e se atualizar sobre essas novas descobertas e pedir que ele o libere para você. E não esqueça também de consultar um cardiologista antes dessa nova empreitada.
 
Fonte O que eu tenho

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