Manorexia (anorexia masculina), ortorexia (obsessão por consumir alimentos que pareçam saudáveis), diabulimia (aproveitar condições diabéticas para justificar dietas pesadas e ataques de voracidade alimentar). Todos são variantes perigosos das doenças de transtornos alimentares (anorexia e bulimia), e se tornaram “palavras do momento”, aparecendo em websites e blogs, na televisão e nos jornais.
A última palavra a entrar no léxico das doenças relacionadas aos transtornos alimentares foi a “drunkorexia”, um termo que é a mistura de vários comportamentos: autoimposição de fome ou ataques de voracidade seguido de vômito forçado, combinado com abuso de álcool.
Drunkorexia não é um termo médico oficial, mas descreve um fenômeno problemático ligado ao vício e aos transtornos alimentares. Entre o público descrito como drunkoréxicas, estão potenciais alcoólatras em idade universitária, principalmente mulheres, que ficam muito tempo sem comer durante o dia para poder compensar as calorias com consumo de bebidas alcoólicas. Algumas consomem as bebidas para complementar o comportamento anoréxico, controlando assim a ansiedade durante as poucas refeições. Outras consomem álcool como única fonte de “alimentação”. As bulímicas acabam usando o álcool para tornar o vômito autoinduzido mais fácil.
Suzette Evans, professora de Neurociência Clínica da Universidade de Columbia, nos EUA, diz que as pesquisas estão demonstrando que a ativação de determinados centros cerebrais de prazer associados com a comida pode funcionar da mesma forma no consumo de álcool e drogas.
Douglas Bunnell, ex-presidente da Associação Nacional Americana de Transtornos Alimentares, diz que a obsessão por ficar magra e a aceitação social de beber, e usar certas drogas, têm influência significativa nesse comportamento.
Psicólogos dizem que transtornos alimentares também estão associados a tentativas de diminuição de sofrimentos emocionais e que podem envolver abusos sexuais na infância, negligência e outras fontes de angústia mental. Além disso, estudos mostram que hábitos de alcoolismo estão crescendo entre as mulheres, as quais são mais propensas a transtornos alimentares.
Entre 25% e 33% das mulheres acometidas de bulimia possuem problemas com álcool e entre 20% e 25% das anoréxicas têm algum tipo de problema com drogas, diz um estudo, publicado em 2008, no periódico Biological Psychiatry. Por conta disso, um número crescente de pesquisadores se dedica a investigar condições psicológicas e neurológicas que possam evidenciar correlações entre os transtornos alimentares e o abuso de drogas.
Fonte O que eu tenho
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