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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Brasileiro não ingere nem 50% do mínimo necessário de legumes, frutas e verduras

Legumes, verduras e frutas são fontes de carotenóides.
Foto: Marcos Santos/USP Imagens
Legumes, verduras e frutas são fontes de carotenóides
A situação é mais grave entre obesos, que permanecem numa condição ainda pior que a média do país
 
Brasileiros considerados obesos (com IMC maior ou igual a 30) ingerem bem menos da metade da quantidade adequada de carotenóides.
 
A informação é resultado da pesquisa realizada na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba. O levantamento, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Ministério da Saúde, mostra que média de consumo nacional foi de 4.117 microgramas por dia, enquanto os níveis considerados prudentes de ingestão de carotenóides totais são de 9.000 a 18.000 microgramas por dia.
 
De acordo com os pesquisadores, para suprir o valor indicado de carotenóides bastaria comer um prato de salada de agrião, brócolis e cenoura e, como sobremesa, escolher uma fruta como manga ou pêssego; mas eles afirmam que a melhor forma de manter os índices dentro do nível esperado é incluir estes alimentos nas refeições realizadas fora de casa.
 
A pesquisa teve âmbito nacional e o objetivo foi analisar e conhecer o consumo de carotenóides de acordo com região, sexo, faixa etária, escolaridade e Índice de Massa Corporal (IMC). Foram analisados 34.003 casos de pessoas a partir de 10 anos de idade de todo o Brasil. Os dados utilizados na pesquisa foram obtidos pelo, por meio da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009.

Variações alarmantes entre classes sociais e jovens
Também ocorre consumo inadequado dos carotenóides entre os jovens com idade entre 10 e 19 anos, período em que a pessoa encontra-se em desenvolvimento e a necessidade de nutrientes que evitem futuras doenças é maior.
 
Quando a variável chega às classes sociais o resultado é alarmante, afirmam os responsáveis pelo estudo. " Pessoas com as melhores renda e escolaridade possuem informação e recursos que as possibilita uma alimentação melhor e mais balanceada. Já a população de baixa renda e baixa escolaridade tem consumido alimentos de elevada densidade energética (doces, refrigerantes e frituras, por exemplo) e menor custo" , explica o mestre em ciência e tecnologia de alimentos, Rodrigo Dantas Amâncio. " Quando comparando as regiões do Brasil, é possível identificar a região norte com as menores proporções de consumo nas refeições em domicílio. Se considerar a ingestão fora do lar, esta é a zona responsável pelas maiores percentagens, em relação ao consumo total," completa o pesquisador.
 
Segundo Amâncio, o Brasil encontra-se em uma fase de transição nutricional. Neste período, os problemas de sobrepeso coexistem com a inanição e problemas relacionados à desnutrição. " Em 2008 e 2009, os índices de déficit de peso reduziram drasticamente e a obesidade dobrou na população adulta feminina e está quatro vezes maior na população masculina adulta, se comparados com dados da década de 1970" , aponta o pesquisador. Apesar de conseguir alimentar-se mais, o brasileiro não está necessariamente se alimentando melhor.
 
Com informações da Agência USP

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