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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Técnica pode permitir regenerar o cérebro utilizando células-tronco

Paolo Macchiarini, responsável pelo procedimento cirúrgico
        Foto: Stefan Zimmerman/KI
Paolo Macchiarini, responsável pelo procedimento cirúrgico
Objetivo é trocar matéria cerebral danificada por substância à base de células estaminais e evitar o dano neurológico
 
Pesquisadores do Karolinska Institutet, na Suécia, realizaram uma tentativa experimental de regeneração cerebral em camundongos e ratos utilizando tecidos e órgãos derivados de células-tronco.
 
Nos ensaios experimentais, a equipe, liderada por Paolo Macchiarini, investigou a possibilidade de substituir matéria cerebral danificada por um trauma grave a partir de eventos como acidentes de trânsito, ferimentos por arma de fogo ou cirurgia.
 
O objetivo é trocar a matéria cerebral perdida por uma substância cultivada à base de células estaminais e, por sua vez, evitar o dano neurológico.
 
A tentativa experimental que foi testada em ratos e camundongos tem mostrado resultados positivos.

Macchiarini e seus colegas planejam agora usar a técnica para recriar tecidos mais complexos, como o esôfago e diafragma ou órgãos como o coração e os pulmões.
 
Em junho de 2011, o mundo tomou conhecimento de um transplante inovador, em que o paciente recebeu uma coberta de suas próprias células estaminais. O resultado foi uma traqueia artificial com funções biológicas. Até à data, cinco operações foram realizadas utilizando esta técnica.
 
"Nós aprendemos alguma coisa com cada operação. Isto significa que podemos desenvolver e refinar a técnica. Também estamos avaliando como podemos transferir nossas experiências para outros campos, como a neurologia. O objetivo é fazer tanto uso potencial de cura do próprio corpo quanto pudermos", afirma Macchiarini.
 
Na , em Boston, Macchiarini vai falar sobre como ele acredita que a tecnologia pode ser usada no futuro. Isto incluirá:
 
o plano para operar em uma menina de dois anos de idade nos EUA em março. A menina nasceu sem uma traqueia e viveu toda a sua vida na UTI, onde respira através de um tubo colocado no esôfago e conectado diretamente aos pulmões. Sem uma nova traqueia, ela nunca será capaz de deixar o hospital. Esta será a primeira vez que o procedimento vai ser realizado em uma criança pequena. Também é a primeira vez que o procedimento pode ser efetuado em um indivíduo sem traqueia, já que anteriormente, órgãos doentes foram substituídos;
 
existem também planos para transplantar o esôfago, um órgão que é mais complexo do que uma traqueia, pois tem músculos.
 
Fonte isaude.net

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