Ao ser injetado na área necrosada do coração, o material provocaria a melhora na função cardíaca e o aumento do músculo cardíaco |
Trata-se de uma mistura à base de músculo ventricular suíno, que sofreu um processo para que todas as suas células fossem retiradas.
O material foi, então, convertido no que os cientistas chamam de hidrogel.
Ao ser injetado na área necrosada do coração, o material provocaria a melhora na função cardíaca e o aumento do músculo cardíaco.
O hidrogel foi testado em porcos, mas, segundo os autores da pesquisa publicada ontem na revista "Science Translational Medicine", os resultados nos animais mostram segurança e eficácia suficientes para que estudos em humanos sejam realizados.
Um ensaio clínico em humanos deve começar ainda neste ano na Europa.
Arcabouço
A matriz extracelular injetada via cateter forma uma estrutura em cima da qual as células se organizam. Os autores especulam que esse arcabouço envie sinais e, ao reconhecê-los, as células-tronco do corpo encontrariam base de sustentação e regenerariam o tecido afetado.
Segundo Luís Gowdak, médico-assistente da Unidade Clínica de Coronariopatias Crônicas do InCor (Instituto do Coração da USP), o trabalho é um capítulo importante na área de medicina regenerativa e a estratégia merece ser investigada.
Ele faz ressalvas, porém, ao pequeno número de animais do estudo --foram usados apenas 14 porcos, dos quais quatro morreram.
Fonte Folhaonline
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