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segunda-feira, 22 de abril de 2013

Saiba tudo sobre o iogurte grego

Iogurte-grego-caseiro-1.jpgCom quase o dobro de gorduras, que garantem sua cremosidade, o produto também contém mais sódio e calorias
 
Muito consumido na Europa e trazido ao Brasil há menos de um ano, a variedade de iogurte oriunda da Grécia está dando o que falar entre os consumidores brasileiros. Por ser uma espécie com quantidades maiores de proteína, mas também de gordura, a variedade apresenta textura e sabor que se destacam em relação às outras opções disponíveis — principalmente quando o quesito é cremosidade.
 
A diferença já começa no processo de fabricação. Segundo a nutricionista Anália Barhouch, mestre e doutoranda em obesidade pela Faculdade de Medicina da PUCRS, embora a fórmula seja mantida em sigilo pelos fabricantes, é possível perceber que o processo de fabricação do iogurte grego é muito diferente do processo comum.
 
— Apesar de ter quase o dobro de gorduras do que a versão de polpa (4g contra 2,4g, em porções de 100g), ele tem menos açúcar e boa digestibilidade — acrescenta Anália.
 
A professora e coordenadora do curso de Engenharia de Alimentos da Unisinos, Janice da Silva, explica que a textura mais firme do iogurte grego é resultado de uma concentração de seus componentes sólidos, o que também faz com que ele tenha mais proteína e gordura. Essa concentração pode ser alcançada de duas formas, que variam de acordo com cada fabricante: por um processo industrial, que remove parte do soro do produto, ou pela adição de ingredientes como proteínas lácteas, creme de leite ou gomas naturais espessantes.
 
— Este é considerado um iogurte especial e a qualidade dos produtos obtidos pelos dois métodos é bastante elevada. Ele é uma alternativa mais natural e saborosa para quem consome os produtos lácteos fermentados — completa a especialista.
 
VÍDEO: Aprenda a fazer iogurte grego em casa:
 

 
Versão light pode ser opção
Disponível nas prateleiras do país desde julho de 2012, o iogurte grego se renova em 2013, chegando ao mercado gaúcho também na versão light. Com a mesma textura, mas apenas metade da quantidade de gordura do que a versão normal, essa será uma opção mais indicada para quem está de dieta.
 
— O tradicional pode ser utilizado por quem não tem diabetes, colesterol alto ou que apresente bom gasto energético — diz a nutricionista Anália.
 
Uma pesquisa da EuroMonitor, de 2011, mostrou que o brasileiro consome 6,5 quilos de iogurte por ano, bem atrás de países como Holanda (o país campeão mundial no consumo) e menos até do que os argentinos. Para Anália, no entanto, os dados representam a existência de um mercado em expansão para o setor de iogurtes no Brasil.
 
Consumo no mundo
Uma pesquisa da EuroMonitor 2011 apontou os holandeses como os campeões do consumo de iogurte. Os brasileiros vêm bem mais atrás.
 
Compare:
 
Holanda 41,9kg
 
França 20,7 kg
 
Argentina 9,2kg
 
Brasil 6,5kg
 
Tabela Nutricional
 
100g do iogurte grego
Carboidratos – 15 g
Proteínas – 4,6g
Gorduras totais – 4g
Gorduras saturadas – 2,3g
Sódio – 75mg
Calorias – 113 kcal
 
100g de iogurte de polpa
Carboidratos – 17g
Proteínas – 2,9g
Gorduras totais – 2,4g
Gorduras saturadas – 1,6g
Sódio – 36mg
Calorias – 95 kcal
 
100g de iogurte grego light
Carboidratos – 9,8g
Proteínas – 4,3g
Gorduras totais – 1,9g
Gorduras saturadas – 1,1g
Sódio – 58mg
Calorias – 73 kcal (versões de fruta) ou 78kcal (naturais)
 
Açúcar e colesterol
As quantidades de açúcar não são especificadas pelos fabricantes, que apenas informam se o produto contém ou não o nutriente. Todos os tipos de açúcares são incluídos nas gramas em carboidratos. As informações sobre o colesterol também não são especificadas, mas cabe ressaltar que todos os derivados do lácteos contém colesterol, exceto aqueles que são zero gordura ou desnatados. A legislação brasileira não exige que a quantidade desses nutrientes (açúcar e colesterol) sejam especificados nas embalagens.
 
Fonte: nutricionista Anália Barhouch

Entenda a diferença
Os produtos lácteos podem trazer diversos benefícios à saúde e a indústria tem apostado em novidades nos últimos anos.

Veja quais são e porque fazem bem:

Iogurte comum

O que é: o tradicional iogurte é um alimento obtido a partir da fermentação do leite pelas bactérias ácido-lácticas Streptococcus salivarius subesp. thermophilus e Lactobacillus de lbrueckii subesp. bulgaricus. Esta fermentação, além de produzir um alimento muito saboroso e apreciado, proporciona um incremento de cerca de 400% no teor de aminoácidos livres em relação ao leite.
 
Benefícios: o iogurte tem muitas propriedades nutricionais e funcionais. Ele é um alimento com baixo índice glicêmico (aqueles sem açúcar) e colabora com a manutenção de uma boa flora intestinal, o que pode fazer você sentir mais saciedade. Prefira o consumo de iogurtes naturais, adicionando o sabor em casa complementando-o com frutas frescas ou secas, cereais, sucos naturais, geleias, mel, entre outras opções. É uma forma de diminuir os aditivos que fazem parte dos iogurtes saborizados, deixando o alimento mais saudável.

Bebida láctea

O que é: a bebida láctea é produzida a partir da mistura do leite com o soro de leite proveniente do processamento de queijos. Pode ser fermentada ou não, adquirindo diferentes versões.
 
Benefícios: a grande vantagem do consumo de bebidas lácteas está nos benefícios que as proteínas do soro lácteo trazem à saúde. Elas ajudam a manter a massa magra do organismo e também colaboraram para aumentar a imunidade. Dentre as proteínas do soro podem estar presentes peptídeos (proteínas hidrolizadas), que colaboram com diminuição de pressão arterial.
 
Iogurte probiótico
 
O que é: o termo probiótico refere-se a culturas de micro-organismos vivos que promovem efeitos benéficos à saúde humana, melhorando as propriedades da microbiota intestinal original. Neste grupo estão as bifidobactérias e alguns lactobacilos. O iogurte probiótico é um produto fermentado com as tradicionais bactérias do iogurte associadas às bactérias probióticas.
 
Benefícios: o consumo de iogurtes probióticos beneficia principalmente o intestino. Eles podem melhorar distúrbios intestinais e, ainda, melhorar o funcionamento do sistema imune. O gênero de bactérias Bifidobacterium bifidum, por exemplo, cria um ambiente favorável para o crescimento de bactérias "amigáveis" no intestino grosso e no trato vaginal. Acredita-se que as bifidobactérias sintetizam vitaminas que podem ser usadas pelo corpo humano, incluindo tiamina, ácido fólico, ácido nicotínico, piridoxina e vitamina B12. Produzem ácido acético e láctico. Também aumentam a absorção de ferro, cálcio e magnésio.
 
Fontes: professoras Renata Ramos (Mestrado Profissional em Nutrição e Alimentos), Daiana de Souza e Janice da Silva (Engenharia de Alimentos), ambas da Unisinos
 
Fonte Zero Hora

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