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Geneen Roth, autora do livro, "Liberte-se da
fome emocional" |
Quem nunca chegou em casa depois de um dia estressante e procurou na
geladeira ou no armário um “pedaço de conforto” em forma de chocolate?
A fome emocional – relação entre o estado emocional e o que escolhemos para
comer – é estreita e comprovada cotidianamente.
“Quando sua mente e seu corpo estão envolvidos em algum tipo de reação, comer
não é a coisa mais adequada a fazer”, aconselha a escritora Geneen Roth, autora
do livro Liberte-se da fome emocional (Lua de Papel).
“Quando você está em uma conversa tensa, que mexe com as suas emoções,
enquanto come, você ingere os sentimentos com a comida”, afirma Roth. Você fica
com o corpo ansioso, tenso, confuso e, além disso, cheio. E o sorvete não desfaz
o nó na garganta”, completa.
Comer compulsivamente ou até deixar de comer são duas fortes características
de que os seus sentimentos estão norteando o momento da alimentação e
interferindo naquilo que você coloca no prato.
Com uma linguagem simples, quase que uma conversa entre duas pessoas com um mesmo problema, Roth tenta mostrar o caminho para vencer esse dilema cotidiano.
A ideia da autora é ensinar como reconhecer os sinais da fome psicológica. A partir dessa consciência, a pessoa deve ser capaz de adotar novos hábitos. Ao final de cada capítulo, Roth sugere exercícios (como comer na frente dos amigos ou falar em voz alta com a comida) para colocar os ensinamentos em prática. Em entrevista ao iG Saúde, ela falou sobre a fome emocional.
iG: Na sua opinião, o número de obesos seria menor se as pessoas conseguissem
entender seus sentimentos e pudessem lidar com eles?
Gennen
Roth: Sim. Nenhuma dieta poderá ser cumprida se as questões emocionais
não estiverem bem resolvidas. Para ter sucesso, uma dieta precisa do
comprometimento de quem decide fazê-la. Isso não é uma questão racional se a
pessoa estiver emocionalmente instável. Para que qualquer dieta funcione, a
pessoa precisa estar realmente motivada, o que se consegue quando se estabelece
um objetivo possível.
iG: É comum, principalmente depois de um dia estressante, a frase “vou comer porque mereço”. Em geral o alimento é um doce ou algo calórico. Essa atitude também pode ser encarada como uma autossabotagem?
Gennen Roth: Todas as pessoas usam o alimento em algum momento para saciar um problema emocional. Isso é normal. O problema é quando nos tornamos reféns desse comportamento e agimos repetidamente guiados por nossas emoções a ponto de isso nos causar problemas ligados à saúde ou ao peso.
iG: É comum, principalmente depois de um dia estressante, a frase “vou comer porque mereço”. Em geral o alimento é um doce ou algo calórico. Essa atitude também pode ser encarada como uma autossabotagem?
Gennen Roth: Todas as pessoas usam o alimento em algum momento para saciar um problema emocional. Isso é normal. O problema é quando nos tornamos reféns desse comportamento e agimos repetidamente guiados por nossas emoções a ponto de isso nos causar problemas ligados à saúde ou ao peso.
iG: Como enxergar a fome emocional?
Gennen Roth:
Se, depois de comer, você se sentir pesada ou com algum tipo de
mal-estar é sinal de que você comeu mais do que deveria ou comeu algo que não
deveria (possivelmente porque você tem algum tipo de restrição àquele alimento).
Esse conhecimento sobre o próprio corpo deve pautar todas as nossas escolhas. Se
você está feliz e com a autoestima elevada, seguramente não terá um
comportamento de autossabotagem. Não podemos considerar o corpo um inimigo.
Comer somente quando temos fome significa confiar na sabedoria do nosso
corpo.
iG: Como surge a fome emocional?
Gennen Roth:
Trago nesse livro um conjunto de histórias reais representativo do que
pode acontecer com todas as mulheres. Cada uma me procurou porque se sentia
refém da comida, mas a origem da fome emocional de cada uma era diferente. É
preciso que cada pessoa identifique a razão que a leva a se autossabotar. É esse
o motivo de eu contar essas histórias, em cada uma delas pode ter um pedaço do
que acontece com quem lê, o que torna o livro uma terapia de autoconhecimento.
Conhecer as suas motivações é o único caminho para vencer esse
dilema.
iG: Quais dicas simples você daria para lidar com esse problema?
Gennen Roth: Coma sentada, determine um momento para parar de comer durante as refeições, não tenha vergonha de deixar comida no prato se estiver satisfeita, faça uma tabela com o que comer ao longo do dia e anote se estava com fome ou não quando comeu. Quando estiver comendo evite conversas que mexam com suas emoções: trabalho, relacionamentos, dinheiro. Estabeleça uma noite livre por semana, para comer o que tiver vontade sem culpa e faça pelo menos uma refeição sozinha de vez em quando.
Fonte iGiG: Quais dicas simples você daria para lidar com esse problema?
Gennen Roth: Coma sentada, determine um momento para parar de comer durante as refeições, não tenha vergonha de deixar comida no prato se estiver satisfeita, faça uma tabela com o que comer ao longo do dia e anote se estava com fome ou não quando comeu. Quando estiver comendo evite conversas que mexam com suas emoções: trabalho, relacionamentos, dinheiro. Estabeleça uma noite livre por semana, para comer o que tiver vontade sem culpa e faça pelo menos uma refeição sozinha de vez em quando.
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