Brasília – O Conselho Federal de Medicina (CFM) apresentou ontem (7) os
resultados da revalidação de diplomas de médicos formados
em Cuba, para contestar a proposta do governo brasileiro de trazer
profissionais cubanos para trabalhar em regiões carentes do país.
Os números mostram que, dos 182 médicos formados em Cuba, que fizeram o Exame
Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos em 2012, apenas 20 foram aprovados.
O exame do Ministério da Educação é necessário para o estrangeiro exercer a
profissão no Brasil.
O vice-presidente do CFM, Vital Corrêa, demonstrou preocupação com a possível
contratação de médicos formados no exterior sem que eles passem por exame de
avaliação para atestar a qualidade da formação profissional. Segundo ele, o CFM
não é contra a atuação de médicos formados no exterior desde que eles passem por
essa avaliação.
“Se os médicos formados no exterior vem exercer a profissão sem nenhum
critério de avaliação de suas qualificações, isso é temerário. Naturalmente,
traz à população grandes riscos, principalmente a parte da população mais
carente. Isso não se configura como uma medida legal, nem justa”, disse.
Dos 26 médicos com diploma espanhol que fizeram o exame em 2012, cinco foram
aprovados. Dos oito portugueses inscritos, três foram aprovados. Hoje, o
ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que governo brasileiro estuda atrair
também profissionais destes dois
países para trabalhar nas regiões mais carentes do país.
Sobre as críticas do CFM, Padilha destacou que o governo descartou a
validação automática de diplomas e a contratação de médicos de países que tenham
menos profissionais que o Brasil, como é o caso da Bolívia e do Paraguai.
Fonte Agência Brasil
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