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quarta-feira, 8 de maio de 2013

Europeus formam uma grande família, diz estudo

Uma nova análise genética mostrou que os europeus têm um
 alto grau de parentesco entre si e que são descendentes de
um grupo de ancestrais que viveu há apenas mil anos
Análise genética de dois mil voluntários confirmou alto grau de parentesco entre moradores da Europa e a existência um único grupo de ancestrais comuns a todos eles
 
Na Europa, quase todo mundo é aparentado. Uma nova análise genética mostrou que os europeus têm um alto grau de parentesco entre si e que são descendentes de um grupo de ancestrais que viveu há apenas mil anos. O estudo examinou a proximidade genética entre moradores de 39 países nos últimos três mil anos ao comparar as sequências genéticas de dois mil indivíduos.
 
Para os pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Davis (EUA), que participaram do estudo, o mais surpreendente não foi o alto grau de parentesco no continente europeu, algo que já era até esperado, mas a existência do grupo de antepassados comuns. “São apenas mil anos, um período recente e que temos uma boa noção histórica”, disse ao iG Peter Ralph, coautor do estudo publicado nesta terça (7) no periódico científico PLoS Biology . O grupo de ancestrais passaria de 100 indíviduos, segundo o estudo, mas o artigo não fornece mais detalhes.
           
A análise consiste, a grosso modo, em comparar pedaços de DNA de cada indivíduo e encontrar semelhanças. Os pesquisadores explicam que pedaços de DNA herdados de ancestrais mais distantes tendem a ser menores do que aqueles herdados mais recentemente, visto que houve mais tempo para a recombinação genética moldar o DNA de cada indivíduo. Portanto, assim que os pedaços de DNA compartilhados eram identificados, e os pesquisadores encontraram cerca de um milhão deles, eles começavam a estimar quanto tempo eles surgiram, ou seja, há quanto tempo viveu o ancestral comum.
 
Os pesquisadores descobriram que até mesmo pessoas que vivem em lados opostos do continente europeu são geneticamente próximos. “Dois indivíduos de lados distantes como o Reino Unido e a Turquia compartilham 20% dos pedaços semelhantes de material genético”, disse Ralph. O estudo explica que mesmo com um alto grau de parentesco e ancestrais comuns que viveram há mil anos, características marcantes como cor do cabelo e dos olhos não são uniformizadas. “Provavelmente os indivíduos tiveram a maior parte de seu genoma vindo de ancestrais que viveram próximo aos dias de hoje”, afirma o estudo.
 
No Brasil
A alta relação de parentesco entre os brasileiros descendentes de europeus também é válida, porém provavelmente eles teriam um grupo de ancestrais comuns mais antigo. “É certo que todos os brasileiros que têm antepassados europeus teriam o mesmo grupo de antepassados europeus, se não por mil anos atrás, então muito provavelmente por 1.500 anos”, disse ao iG .
 
Ralph afirma ainda que com o estudo foi possível observar que apesar desta semelhança genética entre os europeus, muitos acontecimentos históricos dos últimos três mil anos deixaram um claro impacto sobre os padrões modernos de parentesco. 
 
Por exemplo: italianos tendem a ter um grau de parentesco mais baixo entre si do que o encontrado em outras regiões da Europa, provavelmente por causa da longa história de muitas culturas distintas na península. A análise genética também mostrou que as pessoas do leste europeu são mais próximas geneticamente entre si do que as do oeste. Os pesquisadores acreditam que isto tenha relação com a expansão do povo eslavo pela Europa há mil anos.
 
O estudo confirma uma teoria levantada há dez anos pela equipe do cientista Joseph Chang, na época associado ao Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT na sigla em inglês), nos Estados Unidos. Os pesquisadores comprovaram matematicamente que toda a população da Terra descende de um pequeno grupo de ancestrais que viveu há cerca de 3 mil anos.

A ideia é baseada no fato de que como cada pessoa tem dois pais, quatro avós e oito bisavós, isto permitiria que em cerca de 30 gerações, ou em um período de mil anos, haveria cerca de um bilhão de ancestrais. No entanto, um bilhão é um número muito grande em termos populacionais e principalmente para a população mundial há 3 mil anos, o que levaria a crer que estes ancestrais formariam um grupo mais restrito de pessoas. 
 
Fonte iG

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