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quarta-feira, 8 de maio de 2013

Vacina experimental impede ação da heroína no cérebro de cobaias

A vacina sequestra heroína e 6-acetilmorfina na corrente sanguínea, mantendo-os fora do cérebro
Foto: Marcos Santos/USP Imagens
A vacina sequestra heroína e 6-acetilmorfina na corrente
 sanguínea, mantendo-os fora do cérebro
Abordagem evita que produtos psicoativos passem da corrente sanguínea para o cérebro e bloqueia a recaída
 
Estudos pré-clínicos realizados por dores do Scripps Research Institute, nos EUA, demonstraram que uma vacina contra a heroína pode bloquear a recaída de usuários da droga.
 
A vacina tem como alvo a heroína e seus produtos de degradação psicoativos na corrente sanguínea, impedindo-os de chegar ao cérebro.
 
"Ratos viciados em heroína privados da droga normalmente retomam o uso compulsivamente, se recuperam o acesso, mas a nossa vacina previne que isso aconteça", afirma o dor George F. Koob.
 
Se a vacina funcionar tão bem em testes em humanos, poderia tornar-se uma parte padrão de tratamento para o vício em heroína, que se estima afetar mais de 10 milhões de pessoas em todo o mundo.
 
 
Criar uma vacina eficaz contra a heroína foi particularmente difícil, porque a droga se decompõe rapidamente na corrente sanguínea após a injeção. "A heroína é metabolizada muito rapidamente para outro composto chamado 6-acetilmorfina, que segue para o cérebro e é responsável por grande parte do efeito da heroína", explica o dor Kim Janda.
 
Janda e seus colegas, portanto, conceberam a vacina não só para ativar anticorpos contra aa heroína, mas também contra 6-acetilmorfina e morfina. "A vacina efetivamente acompanhou a droga, uma vez que é metabolizada, mantendo os produtos de degradação ativos fora do cérebro, o que, creio eu, explica seu sucesso", afirma Janda.

Testes
Os testes iniciais, relatados em 2011, mostraram que a vacina poderia bloquear alguns dos efeitos agudos da heroína, tal como obstrução da dor. No novo estudo, os dores colocaram a vacina em testes mais rigorosos.
 
A equipe deu a vacina a ratos que já haviam sido expostos à heroína.
 
Segundo os dores, roedores acostumados à heroína e que ficaram privados da droga por certo tempo, começam a consumi-lo avidamente quando têm acesso novamente à droga. Com a vacina, esse comportamento se altera.
 
Os resultados mostraram que a vacina conseguiu evitar que os animais consumissem heroína sem parar, como no círculo vicioso enfrentado por dependentes.
 
Os investigadores confirmaram que a vacina sequestra heroína e 6-acetilmorfina na corrente sanguínea, mantendo-os fora do cérebro. A vacina não bloqueou os efeitos de metadona,buprenorfina e outras drogas opioides que são normalmente utilizadas na terapia de dependência.
 
Janda observa que em alguns outros testes de vacinas e tratamentos medicamentosos, os ratos compensaram os efeitos reduzidos de drogas, duplicando ou triplicando sua ingestão. "Mas, com esta vacina contra a heroína, eles não tentam carregar mais heroína para vencer a vacina, o que é bastante impressionante", conclui.
 
A equipe espera fazer pequenas alterações para a vacina para ensaios em seres humanos.
 
Fonte isaude.net

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