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quinta-feira, 25 de julho de 2013

Entenda as diferenças entre as psicoterapias antes de escolher a sua

Paciente no divã - Foto: Getty ImagesSe você decidiu fazer terapia, saiba que existem vários tipos e entenda os métodos  
 
Atualmente terapia se tornou algo comum, as pessoas procuram esse tipo de tratamento quando estão tristes, com alguma doença emocional ou mesmo para se conhecer melhor. Mas como nada na vida é simples, não adianta apenas escolher fazer psicoterapia, é preciso decidir qual o tipo que será seguido.
 
"Na verdade existem várias abordagens diversas que podem ser utilizadas ao longo de cada situação", explica Fernando Elias José, psicólogo clínico e mestre em Cognição Humana pela PUC-RS.

Claro que não é só a metodologia usada pelos diferentes profissionais que é importante. "Mais relevante para o tratamento é o vínculo estabelecido entre o paciente e psicoterapeuta", ressalta Emília Afrange, vice presidente da Associação Brasileira de Psicoterapia (ABRAP). Ainda assim, o perfil de cada pessoa pode se encaixar melhor em um determinado tipo de psicoterapia.
 
Para ajudá-lo a escolher, elaboramos um guia com as mais comuns aqui no Brasil e de que forma elas trabalham: 
 
Paciente no divã - Foto: Getty ImagesPsicanálise freudiana
O autoconhecimento é a chave desse tipo de psicanálise, baseada no pensamento de Freud. "Ela foca o inconsciente e traz seus problemas para o consciente. Normalmente a consulta leva um tempo maior e o psicanalista aborda a história do paciente, suas relações familiares e principalmente a infância", ensina Priscila Gasparini, psicanalista da Universidade de São Paulo (USP). Normalmente o profissional não faz um direcionamento, deixando com que a pessoa decida sobre o que quer falar. Normalmente é indicada para pessoas que, mais do que simplesmente sanar um problema, estão atrás de descobrir a origem e a chave de suas questões e se conhecer mais. 
 
Paciente conversando com psicóloga - Foto: Getty ImagesPsicanálise Junguiana
Jung era discípulo de Freud, mas acredita em conceitos como o inconsciente coletivo, em que as pessoas trazem dentro de si conceitos que são universais. De acordo com Fernando Elias José, psicólogo clínico e mestre em Cognição Humana pela PUC-RS, a dinâmica é muito semelhante ao estilo freudiano, em que o paciente vai conversando sobre o que lhe vem a mente. Porém, muda o que está sendo analisado pelo profissional. "Ela leva em consideração o inconsciente, o que é reprimido e tratá-lo através de símbolos, imagens oníricas, usando os sonhos como método de análise", diferencia a psicanalista Priscila. Também está mais ligada à busca pelo autoconhecimento e a recuperação da própria essência, mas também pode tratar depressão, ansiedade e encontrar a raiz desses problemas. 
 
Paciente conversando com psicóloga - Foto: Getty ImagesPsicanálise Lacaniana
Lacan também estudou com Freud, mas diferente dele e de Jung, ele acreditava no poder da linguagem sob o ser humano. "Ele falava de associação livre de palavras, e para ele através da linguagem chegamos ao núcleo do ser", define Priscila. Normalmente, as sessões dessa psicoterapia não tem hora para acabar, mas isso não significa que sejam muito longas, o terapeuta pode encerrá-las até de forma curta, e isso também está relacionado aos objetivos do tratamento. Essa abordagem também é mais voltada a quem busca o autoconhecimento. 
 
Paciente triste na consulta - Foto: Getty ImagesGestalt
É considerada uma terapia holística, justamente por levar em conta o todo das situações. "Ela sempre examina o paciente as relações no que está em torno, o foco é trabalhar a pessoa no ambiente onde ela está, mas fazer com que ela se afaste da situação para ter a noção do todo", revela Priscila. Essa análise é feita baseado na conversa, mas o profissional vai direcionando o diálogo e fazendo perguntas, pedindo descrições do papel de cada um nas situações e tecendo considerações. Tudo isso para ajudar o paciente a ter a tão buscada visão do todo, e sempre em situações que acontecem no presente e precisam ser resolvidas agora, sem se voltar tanto ao passado. 
 
Paciente discutindo com psicóloga - Foto: Getty ImagesTerapia cognitivo-comportamental
É um tipo de terapia, chamada também de TCC mais focada em problemas específicos e na melhor forma de saná-los. Seu principal foco está na resolução de traumas, apesar de servir para outros tipos de problemas. "São estabelecidas metas e então se trabalha a mudança do pensamento, que provavelmente está gerando o sentimento que levou o paciente ao consultório", define Fernando Elias José. O especialista também lista os bons resultados da técnica com problemas como Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e para fobias. 
 
Casal na consulta ao psicólogo - Foto: Getty ImagesTerapia familiar
E quando o problema não é você? Pode parecer frase de fim de namoro, mas muitas vezes a raiz dos males de uma pessoa pode estar em outra fonte. Caso ela seja a estrutura familiar, existe um tipo específico de terapia para isso. "Foco é em questões da família inteira, no casal ou do relacionamento entre pais e filhos. Muitas vezes, ela pode ser feita em paralelo com um tratamento individual de um dos membros", ressalta Elias José. Ela é feita em forma de debate, com todos conversando sobre os problemas. Algumas vezes podem até sair desentendimentos que o psicólogo precisa apartar. O único problema desse tipo de terapia é que ela precisa do consentimento de todos os membros para que dê certo. "Precisam estar todos abertos a aceitar, normalmente tem sempre um que nega o problema, e a raiz normalmente é justamente ele", considera Priscila. 
 
Caveira em encenação de teatro - Foto: Getty ImagesPsicodrama
Para as pessoas mais teatrais, o psicodrama pode ser uma bela alternativa. É um tipo de terapia que pode ser feita em grupo ou individualmente, e o paciente interpreta papeis que tenham a ver com seus problemas. "As pessoas podem reviver situações de trauma e a partir daí ter outros entendimentos. Pode falar coisas que não conseguiria ter falado na hora, por exemplo", explica Elias José. Normalmente o coadjuvante auxilia ou apenas observa e deixa que o outro extravase sua emoção. Mas não são todos que vão gostar desse tipo de tratamento. "Para um tímido não daria certo, por exemplo, ou uma pessoa que não gosta de expor seus problemas", ressalta Priscila. 
 
Psicóloga verificando tempo da consulta - Foto: Getty ImagesPsicoterapia breve
Ela não se trata de uma técnica, e sim do foco da terapia. Todo paciente que busca ajuda profissional para um problema pontual e específico, como uma culpa, um medo ou uma angústia, pode recorrer a esse tipo de psicoterapia, que tem uma duração muitas vezes mais curta. E todas as abordagens explicadas nos slides anteriores podem ser usadas com esse fim. "Há um em um único problema e trabalha inicio, meio e fim. Quando termina de resolver o que queria ele recebe alta e é avisado que pode trabalhar outros fatores localizados pelo profissional durante as consultas", explica Priscila. Então, depende do paciente continuar e investigar mais, ou simplesmente encerrar a terapia. 
 
Fonte Minha Vida 

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