São Paulo- A demora em conseguir a autorização para cirurgias, exames
laboratoriais e mesmo a rejeição desses procedimentos estão entre as principais
queixas contra as empresas dos planos de saúde recebidas pelo Procon de São
Paulo. É o que mostra o levantamento feito por esse órgão, vinculado à
Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo, nas dez
empresas mais reclamadas.
Na lista, o Grupo Amil, formado pelos seguros-saúde da Amil, Amico, Dix e
Medial, ocupa a primeira posição, seguida pela Qualicorp Administradora de
Benefícios ; Green Line ; Unimed Paulistana; Sul América; Intermedica; Somel;
Universal; Bradesco e Golden Cross.
De acordo com o Procon, entre todas as queixas protocoladas, no primeiro
semestre, o setor foi o sexto no ranking. Os registros tiveram leve
crescimento em comparação com igual período de 2012, passando de 6,1 mil para
6,5 mil.
As reclamações mais comuns em relação à cobertura assistencial são a demora
em autorizar procedimentos; negativa total ou parcial de cobertura ou reembolso
com base no Rol de Procedimentos e Eventos Médicos editado pela Agência
Nacional de Saúde (ANS), em cláusulas contratuais de exclusão ou em
interpretações unilaterais como a alegação de doenças preexistentes, cita a
nota divulgada pelo Procon.
Já em referência à rede assistencial, os problemas mais apontados pelos
clientes são a dificuldade em agendar consultas ou exames e o descumprimento de
prazos máximos para o atendimento quer seja em consultas, exames ou cirurgias,
além de alterações na rede credenciada e a imposição de restrições ao direito de
escolha.
O órgão recebe, também, relatos de segurados que tiveram os contratos
cancelados sem a devida notificação; de erros no valor cobrado das mensalidades;
de atrasos no envio desses boletos de cobrança ou de carteiras e guia médico; de
abusos na aplicação de multas por pagamentos em atraso e cobranças feitas após a
rescisão contratual.
"Passados 15 anos do marco regulatório do setor, com a edição da Lei nº
9.656/98, continuam os sérios problemas de acesso aos serviços médicos
assistenciais e de aplicação de elevados índices de reajuste, com especial
vulnerabilidade dos consumidores de planos coletivos, que não contam com
adequada proteção da legislação e da própria agência", disse o diretor executivo
da Fundação Procon-SP, Paulo Arthur Góes, em nota.
Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário