Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Entenda por que pessoas magras nem sempre são saudáveis

Entenda por que pessoas magras nem sempre são saudáveis Yuri Arcurs/Deposit Photos
O peso, isoladamente, não deve ser a única referência de saúde
Mesmo dentro do peso ideal, alto índice de gordura corporal pode prejudicar a saúde
 
Quando o peso está adequado à altura é sinal de que a pessoa está saudável e não precisa perder gordura, certo? Nem sempre. O peso, isoladamente, não deve ser a única referência de saúde. Existem outros fatores que devem ser avaliados como o percentual de gordura corporal, massa muscular, quantidade de água corporal e peso dos ossos.
 
Segundo a nutricionista do HCor Gabriela Nunes, as pessoas dão importância somente para o peso e isso pode ser um erro.
 
— O peso não deve ser o único indicativo para acompanhar a evolução na prática de uma atividade física nem da saúde. Alguns indivíduos, especialmente mulheres, mesmo aparentando ser magras, apresentam um índice de gordura corporal acima de 28%, o que não é saudável — explica.
 
A faixa de gordura ideal é de 18 a 28% de gordura corporal para mulheres e de 10 a 20% para homens, de acordo com a bioimpedância — método utilizado para análise da composição corporal.
 
— Parece contraditório, mas algumas pessoas são magras e possuem índice alto de gordura corporal — acrescenta.
 
Quando comparamos a massa muscular e a gordura corporal de muitas mulheres magras, aparece um desequilíbrio desses componentes no corpo, revelando pouca massa muscular e um alto percentual de gordura.
 
— Uma pessoa com alto índice de gordura corporal, mesmo sendo magra, pode sofrer as mesmas consequências de saúde que uma pessoa acima do peso, como o aumento de colesterol, da hipertensão arterial, desenvolvimento de diabetes, maior chance de infarto agudo do miocárdio, entre outras, especialmente se houver acúmulo de gordura na região abdominal — explica Gabriela.
 
Algumas dietas restritivas acabam prejudicando os músculos, que viram fonte de energia para um organismo "desesperado". Assim, o corpo forçado à escassez de alimentos estoca o máximo de gordura possível. O resultado é a queda da massa muscular e o aumento da gordura corporal.
 
Portanto, não é correto desejar um peso específico e sacrificar o corpo, pois isso pode ser prejudicial à saúde. O peso ideal vai depender de diversos fatores, como a idade, o sexo, a altura, a atividade física, a história do peso habitual da pessoa, entre outros.
 
Para ter um corpo saudável, é preciso conhecer a sua composição corporal. Especialmente os praticantes de atividade física devem saber o seu percentual de gordura corporal e de massa muscular e quais são os valores adequados a cada modalidade esportiva, pois isso também é variável. Existem vários métodos para a determinação da proporção corporal, a bioimpedância e o uso de adipômetro são os mais comuns. As fórmulas prontas não são confiáveis e também não se deve querer ter os mesmos percentuais de gordura de atletas profissionais.
 
— Números impostos acabam gerando uma busca inalcançável que causa muita frustração e faz com que as pessoas desistam de uma vida mais saudável — afirma a especialista.
 
O recomendável é procurar um nutricionista, investir em uma reeducação alimentar de acordo com a necessidade de cada pessoa sem incentivar dietas radicais.
 
— Quando existe um equilíbrio entre massa muscular e gordura corporal, o individuo aumenta o metabolismo, reduz o percentual de gordura do corpo, além de prevenir inúmeras doenças como osteoporose e problemas cardíacos, entre outros benefícios — finaliza a nutricionista.
 
Zero Hora

Nenhum comentário:

Postar um comentário