Foto: Dago Nogueira / Agencia RBS Dermatologistas recomendam o uso de protetor solar durante os dias do fenômeno |
Ao que tudo indica, os gaúchos terão de abusar do protetor solar nos próximos três dias. Isso porque, segundo um estudo desenvolvido pelo doutorando em Meteorologia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Lucas Vaz Peres, quarta-feira, quinta-feira e sexta-feira serão marcadas por um fenômeno pouco usual, mas que ocorre ao menos três vezes por ano: o "efeito secundário do buraco de ozônio Antártico".
Pioneiro no Brasil, o estudo feito no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) da UFSM alerta para o aumento de raios ultravioleta no sul do país durante a primavera.
O fenômeno, que foi registrado 68 vezes nos últimos 30 anos, ocorre devido à circulação de uma massa de ar polar pobre em ozônio, que vem da região Antártica. Em função dessa queda, a penetração dos raios ultravioleta aumenta, podendo chegar a uma variação de 15% a 20% a mais.
— O mês de outubro é aquele com maior probabilidade de incidência. Por isso, não descarto a possibilidade de que o fenômeno possa acontecer novamente até o final do ano — explica o pesquisador.
Em períodos normais da primavera, sem a incidência do fenômeno, o índice de UV fica entre 5 e 9, em uma escala que varia de 1 a 14. Nos dias do fenômeno, entretanto, a radiação deve ser semelhante a constatada no verão — quando os raios ficam na média de 12 a 13. No inverno, eles variam de 2 a 3.
— É como se fosse um dia de verão, mas as pessoas não estão preparadas para isso. A importância da pesquisa é alertar para que sejam tomados os devidos cuidados, como o uso de protetor solar e bonés, além de evitar a exposição ao sol das 10h30min às 15h — completa.
O meteorologista alerta, ainda, que os efeitos não são sentidos somente pelas pessoas, mas também pelas plantas e animais. Como a fotossíntese reduz durante o fenômeno, ele recomenda que hortaliças mais frágeis sejam colocadas em estufas.
Proteção deve ser redobrada
Segundo a dermatologista Márcia Donadussi, uma forma bem importante de se proteger entre quarta e sexta-feira é evitar a exposição prolongada no período de maior pico solar, entre as 10h e as 16. Além disso, ela recomenda o uso de filtro, no mínimo, fator 30.
— É essencial, também, reaplicar o protetor solar. Se a pessoa for ficar em contato direto com o sol, ou praticar alguma atividade física, a recomendação é que ele seja reaplicado a cada duas horas. No caso dela ficar em locais fechados, um intervalo de quatro horas é suficiente — completa.
O dermatologista e professor da UFSM Andre Costa Beber recomenda, ainda, a utilização de bonés, óculos escuros e blusas de manga longa.
Qual a diferença entre os raios UVA e UVB?UVA:
— Apresentam maior comprimento de onda
— São os principais indutores do bronzeado
— São responsáveis pelas manchas, rugas e flacidez da pele
— Representam 95% dos raios que chegam na terra
— Penetram durante todo o dia
UVB:
— São mil vezes mais potentes para queimaduras e danos na pele
— Apresentam maior risco para o desenvolvimento de câncer de pele e catarata
— Penetram mais quando o sol está a pino, ou seja, entre as 10h e as 16h
— Representam 5% dos raios que chegam à terra
Pioneiro no Brasil, o estudo feito no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) da UFSM alerta para o aumento de raios ultravioleta no sul do país durante a primavera.
O fenômeno, que foi registrado 68 vezes nos últimos 30 anos, ocorre devido à circulação de uma massa de ar polar pobre em ozônio, que vem da região Antártica. Em função dessa queda, a penetração dos raios ultravioleta aumenta, podendo chegar a uma variação de 15% a 20% a mais.
— O mês de outubro é aquele com maior probabilidade de incidência. Por isso, não descarto a possibilidade de que o fenômeno possa acontecer novamente até o final do ano — explica o pesquisador.
Em períodos normais da primavera, sem a incidência do fenômeno, o índice de UV fica entre 5 e 9, em uma escala que varia de 1 a 14. Nos dias do fenômeno, entretanto, a radiação deve ser semelhante a constatada no verão — quando os raios ficam na média de 12 a 13. No inverno, eles variam de 2 a 3.
— É como se fosse um dia de verão, mas as pessoas não estão preparadas para isso. A importância da pesquisa é alertar para que sejam tomados os devidos cuidados, como o uso de protetor solar e bonés, além de evitar a exposição ao sol das 10h30min às 15h — completa.
O meteorologista alerta, ainda, que os efeitos não são sentidos somente pelas pessoas, mas também pelas plantas e animais. Como a fotossíntese reduz durante o fenômeno, ele recomenda que hortaliças mais frágeis sejam colocadas em estufas.
Proteção deve ser redobrada
Segundo a dermatologista Márcia Donadussi, uma forma bem importante de se proteger entre quarta e sexta-feira é evitar a exposição prolongada no período de maior pico solar, entre as 10h e as 16. Além disso, ela recomenda o uso de filtro, no mínimo, fator 30.
— É essencial, também, reaplicar o protetor solar. Se a pessoa for ficar em contato direto com o sol, ou praticar alguma atividade física, a recomendação é que ele seja reaplicado a cada duas horas. No caso dela ficar em locais fechados, um intervalo de quatro horas é suficiente — completa.
O dermatologista e professor da UFSM Andre Costa Beber recomenda, ainda, a utilização de bonés, óculos escuros e blusas de manga longa.
Qual a diferença entre os raios UVA e UVB?UVA:
— Apresentam maior comprimento de onda
— São os principais indutores do bronzeado
— São responsáveis pelas manchas, rugas e flacidez da pele
— Representam 95% dos raios que chegam na terra
— Penetram durante todo o dia
UVB:
— São mil vezes mais potentes para queimaduras e danos na pele
— Apresentam maior risco para o desenvolvimento de câncer de pele e catarata
— Penetram mais quando o sol está a pino, ou seja, entre as 10h e as 16h
— Representam 5% dos raios que chegam à terra
Zero Hora
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