Brasília – Todos os municípios prioritários na distribuição de médicos serão
beneficiados ainda este ano, disse ontem (13) o ministro da Saúde, Alexandre
Padilha, na aula inaugural do módulo de acolhimento e avaliação dos médicos
cubanos.
Os profissionais chegaram ao país para ocupar vagas ociosas da segunda etapa
do Programa Mais Médicos. O grupo terá aulas sobre saúde pública brasileira e
língua portuguesa. Ao final das aulas, eles passarão por uma avaliação e os
aprovados seguirão para uma semana de acolhimento nos estados onde deverão
trabalhar. O inicio das atividades nos municípios ocorrerá em dezembro.
De acordo com Padilha, com a chegada dos 3 mil médicos cubanos para o
Programa Mais Médicos, há condições para que os municípios prioritários sejam
atendidos até o fim do ano. “Com a chegada deste novo grupo de profissionais, o
Brasil fecha o ano com pelo menos um médico em quase todas as regiões mais
carentes do país. Estamos conseguindo atingir a nossa meta de levar
profissionais aos bairros e comunidades que não tinham acesso a médicos”,
disse.
Os 3 mil profissionais vão atuar em 1.745 municípios e 15 distritos
indígenas. Todos os municípios prioritários e sem atendimento médico terão pelo
menos um profissional do programa. Com isso, mais de 10,3 milhões de pessoas
passarão a ter assistência. Com esse reforço, o programa chegará ao fim deste
ano, com mais de 6,6 mil profissionais. Hoje, esse número chega a 3.663 médicos
que atuam em 1.099 municípios e 19 distritos indígenas.
Nesta segunda fase do programa, regiões carentes do Brasil, como o Semiárido,
áreas de comunidades quilombolas e cidades com desenvolvimento humano baixo
receberam 1.758 médicos. Os municípios do Vale de Jequitinhonha e Mucuri do
estado de Minas, Médio Alto Uruguai no Rio Grande do Sul, Vale do Ribeira em São
Paulo e outros municípios do Norte do país, que ainda não tinham médicos, também
receberão os profissionais cubanos.
A maioria dos médicos que vieram para essa segunda fase atenderá à população
do Nordeste onde serão 1.416 profissionais cubanos. Para o Sudeste do país,
serão encaminhados 566 profissionais, no Norte 459, a Região Sul recebe 398 e o
Centro-Oeste, 114. Outros 47 médicos atuarão em 15 distritos indígenas.
Agência Brasil
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