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quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Novembro Azul: câncer de pênis pode provocar amputação, alerta médico

Urologista explica que higiene adequada é essencial para prevenir a doença
 
No mês de conscientização do câncer de próstata e de outras doenças, Novembro Azul, o urologista Lucas Nogueira, membro do departamento de uroconlogia da SBU (Sociedade Brasileira de Urologia) faz um alerta para o câncer de pênis. Segundo o médico, quando a doença é diagnosticada em estágio muito avançado, a principal opção de tratamento é a amputação do pênis.
 
— Durante o exame médico avalia-se o estágio em que a doença se encontra. Se a lesão for superficial, retira-se somente a área lesionada. Em casos mais graves, quando há infiltração (o tumor entra no pênis), é necessário fazer a amputação peniana parcial ou total. Nesta situação, o paciente não pode colocar prótese peniana, pois toda a área fica ressecada.
 
De acordo com o especialista, é raro o paciente ter que submeter a uma remoção total do pênis.
 
— Em quase 90% dos casos conseguimos preservar o membro, removendo apenas de 1 cm a 1,5 cm. É a forma mais eficaz de evitar que a doença volte.
 
Segundo dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer), o câncer de pênis tem maior incidência em homens acima dos 50 anos, embora também possa atingir os jovens. No Brasil, a doença é mais comum nas regiões Norte e Nordeste. Em 2010, 363 homens morreram em decorrência desse tipo de câncer.
 
Para o urologista, o câncer de pênis está relacionado à falta de informação, higiene íntima inadequada, infecção pelo vírus do HPV (papilomavírus humano) e àqueles que não se submeteram a cirurgia de fimose.
 
— Os primeiros sinais da doença são lesões, verrugas, manchas, inflamação, coceira e tumoração do pênis [formação de íngua]. Os homens que não passaram pela cirurgia de fimose (retirada do excesso de pele da “cabeça” do pênis), não conseguem expor a glande e lavá-la direito. Por causa disso, a doença pode surgir e se agravar.
 
Tratamento
Quando o câncer de pênis é diagnosticado precocemente, o paciente pode ser submetido ao tratamento a laser, sessões de radioterapia e cirurgia para a remoção da lesão superficial.
 
— O tempo de duração desses tratamentos varia com estágio em que a doença se encontra. No entanto, vale ressaltar que ainda há chances de o câncer voltar.
 
Prevenção
De acordo com o médico, o câncer de pênis mata, mas, as chances de cura são de 90% quando detectado em fase inicial.
 
— É preciso que o homem deixe de lado o medo e a vergonha na hora de procurar por ajuda médica. Além disso, é necessário conscientizar a população sobre a doença e os tratamentos.
 
A melhor forma de prevenir o câncer de pênis é fazer uma higiene adequada da região íntima com água e sabão.
 
— É preciso lavar o pênis diariamente. A higiene também essencial após a relação sexual, pois ajuda a remover as bactérias. Além disso, recomendamos o uso de preservativos e a cirurgia de fimose.

R7

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