
“Com esses novos médicos contabilizamos hoje o número de 125 profissionais em
28 Dseis. O programa beneficiará aproximadamente 212 mil indígenas. Atualmente,
os indígenas são assistidos por 264 médicos distribuídos nas 34 Dseis”, informou
o secretário.
Ele acrescentou que a secretaria conta com 34 distritos, 354 polos-bases, 68
casas de Saúde Indígena (Casai) e 751 postos de saúde. Antônio Alves ressaltou
que as Casais funcionam como um estabelecimento de cuidados de enfermagem, de
apoio aos pacientes encaminhados à rede do Sistema Único de Saúde (SUS). “A casa
fornece alojamento e alimentação para os pacientes e acompanhantes e é a
responsável por marcar e acompanhar os indígenas em consultas, exames ou
internação hospitalar”.
O secretário destacou que melhorar as condições de trabalho sem garantir o
acesso das equipes às aldeias de nada adianta. Segundo ele, as equipes de saúde
têm dificuldades para chegar às aldeias, pode demorar horas para se locomoverem.
“Com isso, passamos a investir na aquisição de barcos, motores de popa,
contratação de horas de voo e reestruturamos a nossa frota de veículos naqueles
distritos onde a maioria dos deslocamentos é feita por via terrestre”.
Outro problema que compromete o atendimento de profissionais de saúde aos
indígenas é de aspecto cultural. O secretário frisou que, em algumas culturas,
as crianças são as últimas a receber comida na hora das refeições. “[Elas só
comem] depois das visitas, dos guerreiros, dos anciões e das mulheres”. O
Ministério da Saúde tem feito um trabalho para conscientizar essas aldeias onde
as crianças e as mulheres gestantes estão mais fragilizadas. Nos locais,
acrescentou, é necessário a implementação de políticas de diminuição da
mortalidade infantil, ainda alta.
Agência Brasil
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