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segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Nova técnica pode melhorar taxa de sucesso de fertilização in vitro

Reprodução
Fertilização in vitro é procurada por muitos casais que não
 conseguem ter filhos
Os testes foram conduzidos por pesquisadores das universidades de Harvard, nos Estados Unidos, e Pequim, na China. Os resultados foram publicados nesta semana
 
Uma pesquisa feita por cientistas de universidades nos Estados Unidos e na China afirma que o mapeamento genético de óvulos fertilizados pode duplicar as chances de sucesso em fertilizações in vitro.
 
Os testes foram conduzidos por pesquisadores das universidades de Harvard, nos Estados Unidos, e Pequim, na China. Os resultados foram publicados nesta semana na revista científica Cell.
 
A fertilização in vitro é uma técnica usada para ajudar casais que estão com problemas para ter filhos. O óvulo da mulher e o esperma do homem são fertilizados em laboratório, e posteriormente implantados no útero feminino.
 
O desafio é identificar quais óvulos fertilizados são os mais saudáveis, com maiores chances de levar a uma gravidez bem-sucedida.
 
Mapeamento genético
Em geral, os cientistas costumam tirar células do embrião – quando ele já está se desenvolvendo – e analisá-las. Mas muitas vezes estes exames não detectam problemas genéticos do embrião.
 
O novo método desenvolvido pelos cientistas nos Estados Unidos e na China analisa substâncias conhecidas como "glóbulos polares", que são fragmentos de células dos embriões. A partir deles, os cientistas fazem um mapeamento genético completo.
 
A técnica é capaz de ajudar a detectar casos de problemas genéticos do embrião e riscos de aborto natural.
 
"Teoricamente, se isso funcionar bem, nós conseguiremos dobrar o índice de sucesso da tecnologia de bebês de proveta – de 30% para 60%, ou até mais", diz Jie Qiao, cientista da universidade de Pequim que trabalhou no estudo.
 
A pesquisa foi feita com análises de 70 óvulos fertilizados "in vitro", todos de voluntárias no estudo.
 
O pesquisador Xiaoliang Sunney, da universidade de Harvard, disse à BBC que a técnica pode favorecer mulheres que já tiveram casos mal-sucedidos de gravidez e querem tentar novamente ter filhos.
 
No entanto, um cientista britânico - que não participou da pesquisa, mas analisou as suas conclusões - recomenda cautela sobre o assunto.
 
O especialista Yacoub Khalaf, do hospital Guy's Hospital, de Londres, disse à BBC que mapeamentos deste tipo podem ser animadores na teoria, mas que na prática ainda é preciso observar resultados mais conclusivos.
 
Problemas de fertilidade afetam cerca de 15% de casais em todo o mundo, levando muitos a buscar soluções como fertilização in vitro.

iG

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