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segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Tatuagem pode ser removida pouco tempo depois de feita, diz médica

Tatuagem de Barbara Evans (Foto: Reprodução/Ego)
Foto: Reprodução/Ego
Tatuagem de Barbara Evans
Dermatologista de Barbara Evans diz que tinta não está tão penetrada. Modelo chamou atenção por remover desenho 3 dias após tatuá-lo
 
Tirar uma tatuagem pouco tempo depois que ela foi feita não prejudica a pele, afirmou ao G1 a dermatologista que realiza o tratamento de remoção com laser da modelo Barbara Evans, três dias depois da sessão com o tatuador. Segundo a médica Paula Bellotti, pelo contrário, a remoção rápida conta com a vantagem de a tinta não estar bem penetrada na pele.
 
“Quanto mais se espera, mais a tinta vai penetrando na pele. Se a pessoa está com reação inflamatória não dá para fazer, mas se não tiver (reação), não tem problema”, explica.
 
Um dos fatores que mais influenciam na hora de remover a tatuagem, segundo Paula, é a qualidade da tinta usada para fazer o desenho. E isso não pode ser percebido apenas olhando. “Na primeira e segunda sessão é que sentimos a tinta do paciente.
 
Vemos como essa ela se comporta com o laser. Existem tintas que demoram mais, outras que são mais rápidas”, afirma ela, que é membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD).
 
De acordo com a Dra. Paula, as tatuagens mais fáceis de retirar são as pretas e feitas em peles claras. “A tatuagem colorida demora mais. Costumo brincar que se você quiser fazer uma tatuagem, que faça uma preta”, diz. O número de sessões para remover tatuagens depende do tamanho do desenho. “São no mínimo seis sessões, mas pode chegar a 10 ou 12. Depende do tamanho e o que vai ser crucial é a tinta que pode ser utilizada”, diz. O intervalo entre as sessões é de um mês.
 
Além disso, quanto mais clara a pele, mais o laser consegue agir. Pessoas de pele negra podem ficar anos para remover a tatuagem totalmente, explica a dermatologista. As únicas restrições para aplicar o tratamento seriam aplicá-lo em gestantes, pessoas com problema de saúde de pele, vitiligo ou alguma doença autoimune. “Isso porque gera uma reação inflamatória com o laser”, explica.
 
Como é feita a remoção
O tratamento aplicado pela Dra. Paula Bellotti combina diferentes tipos de laser. O principal deles, usado para remover o pigmento da tatuagem, é o Sinon Ruby. Trata-se de um laser de rubi que produz luz vermelha com grande quantidade de energia, absorvida apenas pelo pigmento. A luz é produzida em tempo curto, para que o calor não queime ou prejudique a pele.
 
“O mecanismo é como se fosse uma explosão. A luz do laser vai atingir um alvo, que é o pigmento. Ao absorver a luz, o pigmento ‘explode’”, explica. Segundo a médica, o procedimento aplicado na clínica segue protocolos baseados na Medical Harvard School.
 
Os outros dois tipos de lasers que podem ser combinados no tratamento, para que não fiquem manchas nem cicatrizes na pele, funcionam de forma diferente. “O laser Fraxel Dual tem comprimento de onda que age apenas na superfície da pele, removendo o pigmento. E o Fraxel CO2 vai melhorar a qualidade da pele. O alvo dele é a água, por isso trata o colágeno e a pele ao redor da tatuagem. Ele vai melhorar a qualidade da pele para que não fique uma cicatriz feia”.
 
Antes de começar a aplicação, a dermatologista passa anestésico tópico e em alguns casos, como o de tatuagens muito grandes, pode injetar anestesia. “(O paciente) vai sentir ardência e queimação no processo, mas a dor não é muito grande”, diz. O pós-tratamento requer cuidados como o de usar pomada antibiótica e evitar tomar sol.
 
A médica, que atende casos de remoção de tatuagem há 8 anos, diz que recebe muitas histórias de pacientes que se arrependeram da tatuagem, que não aprovaram o resultado, que desejam apagar nomes de ex-namorados ou que são mais velhos e os desenhos ficaram deformados.
 
G1

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