É senso comum acreditar que doenças respiratórias (vias aéreas superiores: nariz, ouvido e garganta) ou pulmonares (vias aéreas inferiores: traqueia e pulmão) ocorrem principalmente no inverno, certo? Ledo engano. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Pneumologia, as doenças pulmonares são responsáveis por 50% dos atendimentos em hospitais e prontos-socorros durante o verão.
Portadores de doenças crônicas, como asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), devem tomar alguns cuidados especiais na estação mais quente do ano, para não agravar os sintomas comuns às doenças, como a falta de ar, a tosse e a produção de catarro, ocasionada pela inflamação dos brônquios. Isso porque os sintomas decorrentes das infecções respiratórias favorecem as crises de falta de ar e pioram a qualidade de vida dos pacientes com problemas pulmonares.
Ar-condicionado e ventiladores
Embora sejam dois grandes aliados para aliviar o calor, o ar-condicionado e o ventilador também podem ser vilões do verão. “O uso contínuo desses aparelhos resseca as mucosas, deixando-as mais vulneráveis às infecções por vírus ou bactérias”, destaca o pneumologista Elie Fiss, professor titular de Pneumologia da Faculdade de Medicina ABC e pneumologista do Hospital Oswaldo Cruz.
Outro aspecto a ser considerado é que a manutenção inadequada dos aparelhos pode favorecer a proliferação de ácaros, fungos, mofo e bactérias que se acumulam no filtro, espalhando ar contaminado no ambiente, o que aumenta a chance de infecções das vias aéreas.
- Deixe as janelas abertas para o ar circular melhor e arejar a casa.
- Tome banho morno, na temperatura ambiente, para evitar o choque térmico.
- Use regulamente álcool gel para higienizar as mãos. Ele ajuda a reduzir o risco de contaminação por vírus ou bactérias.
- Lave o nariz com soro fisiológico, para umedecer a mucosa nasal.
- Beba bastante água, para manter o corpo hidratado.
- Pratique alguma atividade física regularmente. Exercícios melhoram a respiração e a saúde. Porém, pacientes com DPOC mais grave devem praticar exercícios somente sob a supervisão de equipe especializada, em centros de reabilitação pulmonar, ou com orientação médica.
- Evite locais fechados. Grande concentração de pessoas, por tempo prolongado, facilita a contaminação. Caso não seja possível, não permaneça muito tempo nesses ambientes insalubres.
- Se tiver rinite, consulte um alergologista, que indicará o tratamento mais adequado para prevenir as crises.
- Mantenha a casa livre de poeira. Ambientes limpos e livres de ácaros reduzem as chances de infecções respiratórias.
- Nos dias em que a poluição estiver mais intensa, o ideal é evitar a realização de atividades físicas em lugares abertos. Outra dica é ficar atento às informações divulgadas pelas agências de controle ambiental a respeito do nível de poluentes, para evitar uma exposição maior ao nível de poluição atmosférica.
Mudanças de temperatura
Calor de 35ºC pela manhã, chuva à tarde e noite mais fria que o normal para a época do ano. A cena não é incomum, principalmente em grandes cidades, como São Paulo, onde a temperatura pode oscilar de uma hora para outra. Fatores climáticos como esses podem desencadear crises de rinite, faringite, gripes e resfriados, piorando o quadro respiratório de pacientes com doenças pulmonares.
“Com mudanças repentinas de temperatura, o organismo gasta mais energia, alterando sua imunidade para manter a temperatura corporal estável. Enfermidades pré-existentes, como asma ou DPOC, podem apresentar estados agudos, devido à reação inflamatória causada pelos estímulos externos”, explica o especialista.
Poluição
A poluição é outro fator que prejudica a saúde de pacientes com doenças pulmonares. Os portadores de doenças respiratórias crônicas são os mais suscetíveis aos malefícios da poluição ambiental.
Diversos estudos apontam os males à saúde causados por alguns dos principais poluentes, como dióxido de enxofre, dióxido de nitrogênio, material particulado e ozônio.
Estudo divulgado pela Sociedade Americana do Tórax (American Thoracic Society) indicou que a exposição prolongada (mais de um ano) a níveis elevados de poluição ambiental aumenta as chances de óbitos entre os portadores de DPOC, insuficiência cardíaca e outras doenças, como diabetes e artrite reumatoide.
Dicas para enfrentar o verão com saúde
- Troque o ar-condicionado ou ventilador pelo umidificador de ambiente. Caso não tenha esse equipamento, espalhe bacias com água pelo quarto ou coloque toalhas molhadas próximas à cama.
- Deixe as janelas abertas para o ar circular melhor e arejar a casa.
- Tome banho morno, na temperatura ambiente, para evitar o choque térmico.
- Use regulamente álcool gel para higienizar as mãos. Ele ajuda a reduzir o risco de contaminação por vírus ou bactérias.
- Lave o nariz com soro fisiológico, para umedecer a mucosa nasal.
- Beba bastante água, para manter o corpo hidratado.
- Pratique alguma atividade física regularmente. Exercícios melhoram a respiração e a saúde. Porém, pacientes com DPOC mais grave devem praticar exercícios somente sob a supervisão de equipe especializada, em centros de reabilitação pulmonar, ou com orientação médica.
- Evite locais fechados. Grande concentração de pessoas, por tempo prolongado, facilita a contaminação. Caso não seja possível, não permaneça muito tempo nesses ambientes insalubres.
- Se tiver rinite, consulte um alergologista, que indicará o tratamento mais adequado para prevenir as crises.
- Mantenha a casa livre de poeira. Ambientes limpos e livres de ácaros reduzem as chances de infecções respiratórias.
- Nos dias em que a poluição estiver mais intensa, o ideal é evitar a realização de atividades físicas em lugares abertos. Outra dica é ficar atento às informações divulgadas pelas agências de controle ambiental a respeito do nível de poluentes, para evitar uma exposição maior ao nível de poluição atmosférica.
Corpo Saun
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