O verão chegou e é hora de dar adeus à pele em tom branco-apartamento. O sol faz bem, mas é preciso ter cuidado na piscina, na praia, na cachoeira ou ainda em alguma aventura pela cidade. Uma porque ninguém quer ficar todo queimado ou vermelho como um camarão. Outra porque a exposição à radiação ultravioleta (UV), presente nos raios solares, é cumulativa. O bronzeamento ao longo dos anos pode trazer pintas, sardas, manchas e causar até tumores de pele.
O câncer de pele é o de maior incidência no Brasil. Sua letalidade, entretanto, é baixa. Mesmo assim, todo cuidado é pouco e é melhor não arriscar. Por isso, conversamos com a dermatologista Fabiane Mulinari Brenner, do Hospital Vita e professora da Universidade Federal do Paraná, e com José Luiz Takaki, cirurgião plástico e médico do serviço de queimados do Hospital Evangélico, que passaram orientações para quem vai sair ao sol neste fim de ano.
Proteja-se
Vai sair no sol? Fique alerta. Além do protetor solar, use outros aliados a seu favor. Chapéus, bonés, óculos de sol e guarda-sóis ajudam a ter uma proteção mais efetiva. Uma dica é usar roupas em tons claros, porque elas refletem mais o sol enquanto as cores escuras absorvem o calor e a radiação. Já na hora de escolher a barraca ou o guarda-sol, opte pelos de algodão ou lona, que absorvem 50% da radiação ultravioleta.
Para quem quiser cuidar melhor das madeixas, a dermatologista Fabiane Mulinari Brenner lembra que existem cremes com proteção solar, especialmente para cabelos tingidos. Para os carecas, não tem jeito: protetor solar, chapéu e boné.
Evite queimaduras
Se você é do tipo que pensa que passar uma camada de protetor solar te deixa protegido o resto do dia, está errado. A orientação dos médicos é reaplicar pelo menos a cada duas horas _ na praia, o intervalo deve ser menor, a cada hora. E atenção ao horário: nada de exposição prolongada entre 10h e 16h, quando a incidência do sol pode causar mais queimaduras que bronzeado.
A dermatologista Fabiane Mulinari Brenner explica que o fator de proteção solar (FPS) que aparece no rótulo dos protetores é relacionado aos raios ultravioletas B, que causam manchas e até câncer. O ideal é escolher um filtro com proteção mínima de 30.
Mormaço bronzeia
Não é porque o sol não está brilhando lá no céu que o uso do protetor solar é desnecessário.
- Mormaço queima sim e mais que o sol brilhante, porque você não tem o mesmo tipo de cuidado que no sol - resume o médico José Luiz Takaki.
Ele explica que muitas vezes o mormaço causa mais queimaduras, porque a pessoa não sente que a pele está queimando, já que a combinação de tempo nublado e vento mascara a sensação na pele.
Queimou? Beba água
Não se cuidou no sol e agora está todo vermelho e queimado?
- Depois de queimar, é preciso hidratar bem a pele e tomar bastante líquido. Quem tiver dor na queimadura precisa procurar um médico e até tomar remédio - explica a dermatologista Fabiane Mulinari Brenner.
Conforme a especialista, os cremes pós-sol e os hidratantes podem ajudar na hidratação da pele, mas não se pode esquecer de ingerir muito líquido, de preferência água.
Soluções caseiras não são bem-vindas. O médico José Luiz Takaki lembra que hidratantes e pós-sol resolvem apenas temporariamente o problema. Ele sugere usar um pano molhado sobre a área queimada. Segundo o médico, em 30 a 40 minutos já dá para sentir uma diminuição da dor. Se a ardência e incômodo persistirem por mais de 12 horas, é o momento de procurar um médico.
Gazeta do Povo
Nenhum comentário:
Postar um comentário