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quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Maconha ajuda no tratamento de doenças, mas pode provocar surto psicótico e perda de memória

Maconha pode ajudar a tratar pacientes com câncer e Aids,
afirma especialista
Legalizada em vários países, uso da droga pode acarretar dependência, alertam médicos

Legalizada em vários países, como Estados Unidos e Holanda, a maconha pode ser usada para o tratamento de várias doenças, porém, pode trazer problemas à saúde, como perda de memória e alteração no humor. De acordo com especialistas ouvidos pelo R7, o uso da droga, especialmente por adolescentes e pessoas predispostas a doenças psiquiátricas pode ser ainda pior.

Segundo a psiquiatra, do IPq (Instituto Psiquiatria da USP) e coordenadora do Cisa (Centro de Informações sobre Saúde e Álcool), Camila Magalhães, o usuário crônico, poderá ter comprometimentos na memória e no raciocínio. Além disso, pessoas com predisposição genética a problemas psiquiátricos devem evitar o uso.

— Além da alteração de humor, quem fuma muito fica com pouca motivação para lidar com suas atividades diárias. Além disso, indivíduos predispostos a transtornos de ansiedade ou transtornos psicóticos, se usarem maconha, poderão ter ataque de pânico ou surto psicótico induzido pela droga.
 
Em adolescentes, a maconha poderá causar prejuízos para o desenvolvimento cognitivo, conforme explica o psiquiatra professor da Unifesp (Universidade de São Paulo) e coordenador da Proad (Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes), Dartio Xavier da Silveira.

— O adolescente é mais vulnerável a ter problemas de raciocínio e no pensamento. O uso nesta faixa etária poderá aumentar muita chance de transtornos psicóticos.

Além de aumentar a chance de também aumentar a dependência da droga, pessoas desta faixa etária, podem ter “prejuízo social”, segundo Camila.

— A adolescência é uma fase importante para o jovem formatar conceito de moral, cidadania, ocupações, objetivos de vida. O adolescente com muita permissividade para o uso, não consegue conquistar esses projetos. Na vida de adulta, tudo isso já está constituído e é mais fácil de perceber os prejuízos. Isso não funciona só para a maconha, mas para o álcool também.

Dependência
O uso crônico da droga poderá provocar o risco de dependência, de acordo com o professor Silveira.

— Isso varia de pessoa para a pessoa, mas o que sabemos de cada 100 pessoas apenas 9 se tornam dependentes da maconha. Para o álcool, em cada 100, 15 tornam-se dependentes. Além disso, segundo o especialista, não é possível que uma pessoa tenha overdose por uso de maconha, já que " é impossível consumir uma quantidade de maconha para ser letal".

A médica também explica que, se usado em pouca quantidade, a maconha “trará pouca repercussão ao organismo”, conforme explica a médica.

— A droga relaxa, aumenta a empatia em relação às pessoas, dilata os vasos sanguíneos, o que dá sensação de bem-estar, além do aumento do apetite imediatamente.

Uso medicinal
Em diversos países europeus, e em parte do Canadá e dos Estados Unidos a maconha é utilizada de forma medicinal Silveira explica que entre os principais tratamentos está o uso em pacientes com câncer que fazem quimioterapia.

— Essas pessoas não suportam o tratamento por causa do vômito e a maconha tira mal estar. Em alguns tipos de câncer, a maconha tem ação terapêutica, como tumores cerebrais, de intestino e até mama. Pessoas que tem emagrecimento muito grande, como aidéticos se beneficiam, já que a droga ajuda no resgatar do apetite. Além disso, há uma série de doenças neurológicas, como esclerose múltipla, em que os pacientes morrem de dor e a maconha é relaxante muscular.

 No Brasil, apesar de não ser proibido pelo governo, o uso medicinal da maconha quase não é utilizado. Segundo ele, a burocracia e o conservadorismo são entraves.

— O Brasil está indo na contramão em relação a diversos países do mundo. Aqui há uma postura conservadora da comunidade científica.

R7

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