Mais eficaz que a pílula, dispositivo também é reversível
Foto: Robinson Estrásulas / Agencia RBS Desconforto e risco de perfuração do útero podem ocorrer se o método for utilizado |
O advento da pílula anticoncepcional, que passou a ser comercializada na década de 1960, abriu um leque de possibilidades para as mulheres, permitindo que elas tivessem mais liberdade para se relacionar sexualmente e que tivessem o direito de engravidar quando e quantas vezes quisessem. Essa nova realidade provocou uma mudança profunda na sociedade e foi uma das grandes responsáveis pela entrada da mulher no mercado de trabalho.
Entretanto, a pílula não é o único método anticoncepcional à disposição. Existem muitos outros meios eficazes como o Dispositivo Intrauterino, mais conhecido como DIU.
— Seus índices de falha são menores do que os das pílulas anticoncepcionais, com apenas 0,1% de chance. Entretanto, não protegem contra as doenças sexualmente transmissíveis, papel até hoje desempenhado pela camisinha— afirma a ginecologista e obstetra Erica Mantelli.
O DIU é uma peça que é inserida no útero das pacientes, exclusivamente por um ginecologista, como método contraceptivo. Bastante difundido no Brasil, seu uso é indicado para mulheres que buscam mais comodidade ou sofrem com manchas na pele em função da ingestão do estrogênio presente nas pílulas tradicionais. Ele cria um ambiente intrauterino hostil aos espermatozóides, evitando a sua chegada até as tubas uterinas. O útero reage ao DIU como a um corpo estranho, com uma reação inflamatória que interfere na migração dos espermatozóides, na fertilização e no transporte do óvulo, impedindo a fixação após a fecundação.
Indicações
O dispositivo pode ser utilizado por qualquer mulher em idade fértil, desde que não haja suspeita de gravidez, má formação congênita do útero, neoplasias uterinas, sangramento uterino de causa desconhecida, coagulopatias, doença inflamatória pélvica, cervicite e risco de doenças sexualmente transmissíveis.
— Existem dois tipos de DIU: o de cobre e o de progesterona. O de cobre funciona liberando íons deste metal, que formam uma barreira com função espermicida e pode permanecer no útero da paciente por até 12 anos. Já o de progesterona inibe a ovulação por meio deste hormônio e precisa ser retirado do útero após cinco anos de uso— explica a médica.
Confira a seguir os prós e contras do método:
Vantagens
- Não ter de se lembrar de tomar ou trocar o anticoncepcional
- Não interfere nas relações sexuais
- Pode ser removido quando a paciente desejar
- É um método contraceptivo reversível
- Pode ser inserido durante a amamentação
- Pode ser indicado para mulheres que apresentam contra-indicações ao uso de estrogênio
Desvantagens
- Aumento no volume de sangramentos com o dispositivo de cobre
- Dor e pequeno risco de perfuração uterina durante a colocação
- Dores durante o período menstrual com o uso de DIU de cobre
- Sangramentos discretos e independentes do período menstrual com o uso de DIU de progesterona
Zero Hora
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