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sexta-feira, 23 de maio de 2014

Campinas: Atendimento de casos de dengue tem queda

Hospital Municipal Dr. Mário Gatti registrou queda no atendimento de casos de dengue
Foto: César Rodrigues/AAN
Hospital Municipal Dr. Mário Gatti registrou queda no
atendimento de casos de dengue
O número de atendimentos médicos gerados pela dengue nos prontos-socorros dos hospitais municipais Mário Gatti e Ouro Verde, em Campinas (SP), começou a reduzir nos últimos dias, indicando uma queda na curva de infecções da maior epidemia da doença já registrada no município
 
Na última semana, houve diminuição de até 50% da demanda de pacientes na comparação ao período de pico, em abril.
 
O início da curva descendente já estava prevista para maio, quando historicamente isso ocorre em razão das temperaturas mais amenas.

No Mário Gatti, dos cerca de 600 pacientes por dia, 20% são relativos à doença. Já no PS do Ouro Verde o índice é maior, de 25%. No período de pico, o índice chegava a ser de 40% de pacientes com dengue do total dos atendimentos em ambas unidades.
 
Outro indicador do início da queda da epidemia é o número de hemogramas solicitados na rede pública, que também vem apresentando diminuição. Os pedidos caíram de 2 mil casos por dia, no período de pico da epidemia, para cerca de 800 a 600 por dia, na última semana.
 
Indicador direto
Segundo a coordenadora da Vigilância em Saúde, Brigina Kemp, o hemograma é um indicador indireto, porém confiável. Apesar de não confirmar a doença, é um exame de monitoramento do paciente com suspeita de dengue. Brigina explicou que, por indicar casos em andamento, o hemograma contabiliza suspeitas do dia e pacientes infectados em dias anteriores, que fazem o monitoramento.
 
Os indicadores estão sendo usados porque, desde a semana passada, a Prefeitura não consegue sincronizar os dados da dengue de Campinas no sistema on-line do governo federal. Com isso, não há números consolidados por região, por exemplo. O Ministério da Saúde já admitiu o problema e informou que trabalha para resolver a situação.
 
Monitoramento
Desde estão, a verificação da evolução da epidemia tem sido feita pelo volume médio de atendimento das unidades de saúde públicas de Campinas e os indicadores apurados nas visitas a campo, com as equipes da Prefeitura, da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), além de denúncias recebidas pelo telefone 156.
 
A diretora disse que o sistema informatizado ajuda a fazer análises globais e ver casos de outras cidades, como pacientes notificados em Campinas, mas que são moradores de outros municípios da Região Metropolitana de Campinas (RMC). Esse tipo de caso é considerado “importado” e pode não ser contabilizado na cidade onde foi detectada a suspeita.
 
Além disso, sem o sistema on-line não há possibilidade de desagregar os dados absolutos por semana, dia ou mês. “Temos as fichas prontuárias, mas contá-las na mão é quase impossível. São mais de 30 mil notificações”, afirmou.
 
Notificações
Campinas já registra 32.384 pacientes notificados com a doença entre 1º de janeiro e 15 de maio, de acordo com o último balanço divulgado pela Secretaria de Saúde. Do total, a pasta informou que 22.918 são casos notificados, em processo de digitação no sistema de informação, o Sinan Dengue Online, do Ministério da Saúde. Mas há ainda 9.466 casos notificados em processo de digitação no sistema, que está fora do ar desde a última semana.
 
iG Paulista

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