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Caso você ainda não tenha notado este fenômeno, tente na próxima vez que as condições meteorológicas permitirem, ou use a imagem azul acima para imitar o céu. Esta gambiarra pode não ser boa o suficiente para todos, mas pode funcionar para alguns.
A boa notícia é que esses pontos não são alienígenas tentando fazer contato – a menos que os alienígenas possam se comunicar tanto pelo céu quanto através da tela do seu computador ou smartphone. Eles também não são estática, ou algum tipo de fada ou qualquer outro ser fantástico. Por fim, os pontinhos também não são alucinações – você está realmente vendo alguma coisa lá.
E o que você está vendo? Efetivamente, as suas próprias células brancas do sangue. O gif abaixo mostra a escala dos pontos e de mãos humanas.
Nossos olhos têm um monte de diferentes partes – como o nervo óptico, a íris, a córnea e a pupila – e uma delas, a retina, age como receptor para toda a luz que entra. Como a maioria das outras partes do corpo, os nossos olhos precisam de sangue e do oxigênio que ele carrega.
Os capilares que levam o sangue para e ao redor do olho passam sobre a retina. E eles são muito estreitos – tão finos que as células precisam viajar em fila indiana através deles. Isto significa que há um fluxo quase constante de células vermelhas do sangue em nossas retinas. “Quase” constante porque os glóbulos vermelhos representam mais de 90% das células em nossa corrente sanguínea. Os glóbulos brancos e as plaquetas compõem o resto.
Os glóbulos vermelhos absorvem a luz azul, efetivamente lançando uma sombra sobre a retina. Mas os nossos olhos e cérebro “consertam” o problema, corrigindo as cores bloqueadas. Isso seria o fim da história, mas o fato é que, de vez em quando, um glóbulo branco aparece nas células capilares. Os glóbulos brancos deixam a luz azul passar, causando uma falta de correspondência de sombra, grosso modo, o contorno da célula, uma vez que passa sobre a retina.
Os capilares são tão estreitos que os glóbulos brancos, que normalmente são redondos, têm que se esmagar um pouco para passar, fazendo a diferença da ausência de sombra ser alongada. A luz adicionada não é corrigida, por isso vemos o branco glóbulo passar sobre a nossa retina – mas, felizmente, não estão fora de nossos corpos.
O efeito é chamado de “fenômeno entópico do campo azul”, ou fenômeno Scheerer, em homenagem ao oftalmologista alemão Richard Scheerer, que foi o primeiro a prestar atenção clinicamente a ele, em 1924, com “entópico” significando “dentro do olho”.
Então, quando quiser ver os leucócitos nos seus olhos, basta olhar para cima quando estiver dia e o céu não tiver muitas nuvens.
Hypescience
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