Divulgação Sheilla começou a jogar vôlei para driblar a timidez |
A jogadora de vôlei, Sheilla Castro, começou a se interessar por esporte ainda na escola com as aulas de educação física na escola. Desde então, encontrou no vôlei não só o desenvolvimento físico como também disciplina e socialização. Hoje, aos 30 anos e bicampeã olímpica, a atleta só agradece.
— Comecei a jogar vôlei aos oito anos por causa da timidez e da altura. Além de me ajudar a superar a timidez, o esporte também contribuiu para a minha disciplina e formação. Por causa dos treinos, como a cada duas ou três horas e minha alimentação é saudável.
Atualmente, este cenário está cada vez mais incomum. Segundo o ortopedista Victor Matsudo, especialista em medicina do esporte, as crianças estão menos ativas por causa do longo período que passam na frente da televisão, computador, videogame, tablet e smartphone.
— O sedentarismo é o inimigo número um da saúde pública, matando mais que o colesterol alto, a obesidade e o diabetes. Crianças inativas têm 90% de chance de se tornarem adultos sedentários.
Para não fazer parte desta estatística, a pediatra e hebiatra (médica especialista em adolescentes) Ligia Reato, da Faculdade de Medicina do ABC, reforça que os pais têm papel fundamental na adoção de hábitos saudáveis dos filhos.
— A família precisa ser o exemplo. Não adianta falar para a criança praticar atividade física se os pais são sedentários. É na infância que a criança cria hábitos que leva para a vida toda.
Segundo Matsudo, escolares entre sete e 16 anos devem acumular 300 minutos de atividade física por semana, “que não necessariamente precisa ser esporte, mas qualquer movimento”.
— O esporte ideal é aquele que proporciona prazer e seja viável. A recomendação geral é que a modalidade estimule membros inferiores e superiores e também preconize a questão da socialização, com atividades coletivas.
Natação, futebol e dança são algumas opções lúdicas que agradam a garotada, indicam os especialistas. Matsudo avisa que esportes competitivos devem ser estimulados a partir dos nove anos, “lembrando que nada deve ser imposto”.
— Os pais também devem fazer parte deste universo de exercícios. Pesquisas mostram que mães ativas têm o dobro de chance de o filho ser ativo. No caso de o pai se movimentar, a chance de o filho seguir o exemplo é de três vezes e meia. Se os dois forem adeptos do esporte, este número aumenta para cinco vezes e meia.
Dessa forma, Ligia lembra que “a infância saudável vai garantir a vida adulta livre de doenças, como obesidade, diabetes e osteoporose”.
R7
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