Foto: Diego Vara / Agencia RBS Para que o suor não se torne um constrangimento, o uso do desodorante é indispensável |
Calor, estresse, nervosismo, medo e esforço físico são algumas razões que podem fazer qualquer um suar em bicas. Transpirar é normal e até saudável, pois ajuda a expelir toxinas e a controlar a temperatura do nosso corpo. Mas para que o suor não se torne um constrangimento, o uso do desodorante é indispensável.
No mercado, atualmente, encontra-se dois tipos do produto: os desodorantes e os antitranspirantes. Apesar de parecerem similares, cada um atua de forma particular.
— Os desodorantes servem para remover o odor das axilas, podendo ter ação antibacteriana e conter perfumes. Por outro lado, os antitranspirantes diminuem a quantidade de suor produzido e podem levar em sua composição sais de alumínio e derivados — explica a dermatologista Caroline Paim da Cunha.
Evite manchas e alergias cutâneas
Os desodorantes e antritranspirantes são classificados pela Anvisa como produtos de grau 2, enquadramento dado a todos os cosméticos que precisam de indicações específicas e comprovação de segurança e eficácia, bem como informações sobre cuidados, modo e restrições de uso. Entretanto, não há motivos para preocupações.
— O risco à saúde só existe se o uso não for feito de forma adequada. Mas como em todos os produtos de uso pessoal, existe a possibilidade de alergia e irritação na pele — reforça a dermatologista Letícia Crestana.
O principal componente dos desodorantes é o cloridrato de alumínio, metal que pode causar obstrução dos poros, irritação da pele e inflamação das glândulas sudoríparas em pessoas alérgicas. O aparecimento de manchas cutâneas é outro transtorno que pode ocorrer. Elas normalmente são geradas pelo atrito nas axilas e pela irritação causada pelos aditivos do produto, como os perfumes.
— As manchas podem ser reduzidas diminuindo o atrito por meio da proteção, da depilação adequada e da hidratação do local. Outra alternativa são os cremes despigmentantes de uso médico ou os antitranspirantes livres de álcool, fragrância e parabenos (uma classe de produtos químicos) — indica Letícia.
Recentemente, os antitranspirantes também têm sido associados ao aparecimento do câncer de mama. Existe a hipótese de que o alumínio, contido no cosmético, cause um efeito nas células humanas que possa implicar na origem da doença. Apesar disso, as pesquisas ainda não são conclusivas e muito menos consensuais, já que muitos especialistas divergem acerca do debate.
— Até o momento, nenhum estudo relacionou o uso de desodorantes ao câncer de mama. O que se sabe é que os parabenos que, na maioria das vezes, estão em pouca quantidade nesses produtos, podem ter atividade estrogênica, e os tumores de mama têm receptores para esse hormônio. Mesmo assim, a associação direta não foi feita — tranquiliza a dermatologista.
Como escolher o cosmético
Alguns detalhes são importantes para a compra do desodorante. As dermatologistas Letícia Crestana e Caroline Paim da Cunha dão algumas dicas:
— Escolha produtos de empresas conhecidas e com registro adequado. Pessoas com tendência a alergias precisam buscar os desodorantes que apresentem as inscrições "dermatologicamente testado" ou "hipoalergênico" e que não contenham fragrâncias e álcool na formulação.
— As diferentes versões do produto (creme, aerosol, roll-on, spray) diferem principalmente no tempo de secagem e absorção. Porém, a eficácia dos antitranspirantes é a mesma para todos os formatos.
— Quando uma pessoa possuir um problema sério de odor, como aqueles causados pela presença de bactérias em maior quantidade, recomenda-se que ela não compartilhe o uso de desodorantes roll-on ou creme.
— De acordo com a Anvisa, o uso dos produtos deve começar a partir dos 12 anos, já que, na puberdade, as glândulas sudoríparas apócrinas (localizadas, em sua maioria, nas axilas e responsáveis pelo mau cheiro) começam a funcionar. Em caso de odor desagradável nas crianças, o ideal é optar por antissépticos.
Zero Hora
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