Foto: Carl Court/AFP |
A agência americana que regulamenta fármacos e alimentos (FDA) aprovou
nesta quinta-feira (26) a comercialização do ReWalk, o primeiro
exoesqueleto robotizado que abre a possibilidade para que pessoas com
paralisia por lesões na medula espinhal possam caminhar com a ajuda de
um acompanhante, de acordo com informações da "EFE".
"Este produto revolucionário terá um impacto imediato para mudar a vida
das pessoas que sofreram lesões na medula espinhal", disse o diretor
principal da empresa ReWalk Robotics, Larry Jasinski.
"Pela primeira vez, as pessoas com paraplegia poderão levar para casa a
tecnologia do exoesqueleto, usá-la diariamente e maximizar os
benefícios fisiológicos e psicológicos que observamos nos testes
clínicos", acrescentou.
O ReWalk é um aparelho motorizado que fica preso ao corpo pelas pernas e
pela parte de baixo do tronco. Ele ajuda a pessoa a sentar, levantar e
caminhar com o auxílio de um acompanhante, que não precisa ser
necessariamente um médico.
De acordo com o Centro para o Controle e a Prevenção de Doenças dos
Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês), no país, há 200 mil pessoas
que vivem com alguma lesão da medula espinhal e muitas delas sofrem
paraplegia total ou parcial.
O ReWalk consiste em uma estrutura metálica que se ajusta com argolas
às pernas, sustenta o tronco e, com motores, movimenta as articulações
do quadril, joelhos e tornozelos.
O aparelho vem acompanhado de um sensor de inclinação e uma mochila que
leva o computador com o qual se opera o aparelho e a fonte de energia. O
custo é de cerca de US$ 85 mil por unidade.
As muletas proporcionam ao usuário estabilidade adicional para executar
os movimentos, e um controle remoto sem fio, colocado no pulso como um
relógio, permite a ativação do ReWalk.
Projeto Andar de Novo
O ReWalk não utiliza o princípio de interface cérebro-máquina, que é a base do exoesqueleto do projeto "Andar de novo", liderado pelo cientista Miguel Nicolelis e apresentado na cerimônia de abertura da Copa do Mundo. O ReWalk funciona por meio de um controle-remoto ativado pelo paciente, além de um sistema computadorizado de sensores de movimentos.
O ReWalk não utiliza o princípio de interface cérebro-máquina, que é a base do exoesqueleto do projeto "Andar de novo", liderado pelo cientista Miguel Nicolelis e apresentado na cerimônia de abertura da Copa do Mundo. O ReWalk funciona por meio de um controle-remoto ativado pelo paciente, além de um sistema computadorizado de sensores de movimentos.
Já o projeto de exoesqueleto de Nicolelis prevê que a "força do
pensamento" controle os movimentos da veste robótica. Uma touca especial
vai captar as atividades elétricas do cérebro por eletroencefalografia.
Quando o paciente se imaginar caminhando por conta própria, os sinais
produzidos por seu cérebro serão coletados pela touca e enviados a um
computador que fica nas costas do robô.
O computador vai decodificar essa mensagem e enviar a ordem aos membros
artificiais, que passarão a executar os movimentos imaginados pelo
paciente. Ao mesmo tempo, sensores dispostos nos pés do voluntário vão
enviar sinais para a roupa especial. A pessoa, então, vai sentir uma
vibração nos braços toda vez que o robô tocar o chão. É como se o tato
dos pés fosse transferido para os braços, naquilo que Nicolelis chama de
"pele artificial".
G1
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