Thinkstock Leite de soja e de vaca são fontes de proteína, mas pertencem a grupos alimentares diferentes |
Provavelmente você já ouviu falar que o leite faz bem para os ossos e melhora a gastrite. Mas também já deve ter lido ou escutado que retirar a bebida do cardápio ajuda a emagrecer. Será? Para esclarecer estas e outras dúvidas, o R7 conversou com alguns especialistas.
Veja a seguir:
1. O leite deve ser evitado na alimentação
Mito. Para a nutricionista Silvia Cozzolino, presidente do CRN-3 (Conselho Regional de Nutricionistas — 3ª Região São Paulo e Mato Grosso do Sul), o leite é a principal fonte de cálcio, um copo (250 ml) da bebida fornece 200 mg do mineral.
— A orientação é beber no mínimo dois copos por dia para garantir pelo menos o consumo de 50% de cálcio recomendado.
Segundo ela, a recomendação diária é ingerir 1.000 mg do mineral, mas o brasileiro consome, em média, metade, entre 500 mg e 600 mg, "isso se ele for adepto da alimentação saudável".
— As pessoas que não seguem um cardápio balanceado tendem a consumir menos ainda, de 300 mg a 400 mg.
Mito. Para a nutricionista Silvia Cozzolino, presidente do CRN-3 (Conselho Regional de Nutricionistas — 3ª Região São Paulo e Mato Grosso do Sul), o leite é a principal fonte de cálcio, um copo (250 ml) da bebida fornece 200 mg do mineral.
— A orientação é beber no mínimo dois copos por dia para garantir pelo menos o consumo de 50% de cálcio recomendado.
Segundo ela, a recomendação diária é ingerir 1.000 mg do mineral, mas o brasileiro consome, em média, metade, entre 500 mg e 600 mg, "isso se ele for adepto da alimentação saudável".
— As pessoas que não seguem um cardápio balanceado tendem a consumir menos ainda, de 300 mg a 400 mg.
2. A ingestão de leite pode causar pedra nos rins
Verdade. Segundo a nutróloga Andrea Pereira, do Hospital Israelita Albert Einstein, o consumo excessivo da bebida, ou seja, mais de dois litros por dia pode provocar pedra nos rins.
— Mas isso só acontece em pessoas que já têm predisposição a cálculos renais.
Verdade. Segundo a nutróloga Andrea Pereira, do Hospital Israelita Albert Einstein, o consumo excessivo da bebida, ou seja, mais de dois litros por dia pode provocar pedra nos rins.
— Mas isso só acontece em pessoas que já têm predisposição a cálculos renais.
3. Cortar o leite da dieta promove o emagrecimento
Mito. O nutrólogo Carlos Alberto Nogueira, diretor do Departamento de Nutrologia Pediátrica da Abran (Associação Brasileira de Nutrologia), explica que qualquer dieta hipocalórica promove a perda de peso.
— Qualquer dieta de baixa caloria funciona porque há redução no consumo de calorias por dia. Não é o leite que faz isso.
Silvia lembra que a bebida é considerada "um alimento nobre e deve fazer parte do cardápio diariamente".
— Para quem não quer engordar, uma alternativa é optar pela versão desnatada, que tem menos gordura. Além disso, o leite possui peptídeos bioativos que podem exercer outras funções, como por exemplo, reduzir o risco de obesidade.
Mito. O nutrólogo Carlos Alberto Nogueira, diretor do Departamento de Nutrologia Pediátrica da Abran (Associação Brasileira de Nutrologia), explica que qualquer dieta hipocalórica promove a perda de peso.
— Qualquer dieta de baixa caloria funciona porque há redução no consumo de calorias por dia. Não é o leite que faz isso.
Silvia lembra que a bebida é considerada "um alimento nobre e deve fazer parte do cardápio diariamente".
— Para quem não quer engordar, uma alternativa é optar pela versão desnatada, que tem menos gordura. Além disso, o leite possui peptídeos bioativos que podem exercer outras funções, como por exemplo, reduzir o risco de obesidade.
4. Tomar leite melhora a dor de pacientes com gastrite
Mito. Antigamente, pessoas com úlcera consumiam leite para aliviar a dor, mas “esta sensação de melhora é momentânea, depois a gastrite aparece mais forte”, explica a presidente do CRN-3.
— Isso acontece porque o leite aumenta a acidez no estômago.
A nutróloga do Einstein acrescenta que “as gastrites associadas a úlceras apresentam melhora dos sintomas quando o paciente ingere algum tipo de alimento”.
Mito. Antigamente, pessoas com úlcera consumiam leite para aliviar a dor, mas “esta sensação de melhora é momentânea, depois a gastrite aparece mais forte”, explica a presidente do CRN-3.
— Isso acontece porque o leite aumenta a acidez no estômago.
A nutróloga do Einstein acrescenta que “as gastrites associadas a úlceras apresentam melhora dos sintomas quando o paciente ingere algum tipo de alimento”.
5. Somente pessoas com intolerância à lactose ou alergia à proteína do leite devem evitar o consumo
Verdade. Mas, antes de retirar totalmente a bebida do cardápio, os alérgicos à proteína do leite devem comprovar que são portadores da doença por meio de exames, comenta Silvia.
— Já os intolerantes à lactose, dependendo do grau do problema, conseguem consumir pequenas quantidades de leite, como um copo por dia.
Verdade. Mas, antes de retirar totalmente a bebida do cardápio, os alérgicos à proteína do leite devem comprovar que são portadores da doença por meio de exames, comenta Silvia.
— Já os intolerantes à lactose, dependendo do grau do problema, conseguem consumir pequenas quantidades de leite, como um copo por dia.
6. O leite causa enxaqueca
Verdade. Segundo Nogueira, algumas substâncias do leite podem provocar a enxaqueca, “embora isso não seja comum”. Para Andrea, a bebida pode causar a dor somente em pacientes que têm intolerância à lactose ou alergia ao leite de vaca.
— Em outros pacientes, isso não ocorre.
Verdade. Segundo Nogueira, algumas substâncias do leite podem provocar a enxaqueca, “embora isso não seja comum”. Para Andrea, a bebida pode causar a dor somente em pacientes que têm intolerância à lactose ou alergia ao leite de vaca.
— Em outros pacientes, isso não ocorre.
7. Para quem tem asma ou bronquite o leite é desaconselhado
Mito. O nutrólogo da Abran explica que asmáticos que têm alergia à proteína do leite podem desencadear uma crise se consumirem a bebida.
— Mesmo assim, não há uma relação direta entre consumo de leite e asma.
Mito. O nutrólogo da Abran explica que asmáticos que têm alergia à proteína do leite podem desencadear uma crise se consumirem a bebida.
— Mesmo assim, não há uma relação direta entre consumo de leite e asma.
8. O consumo de leite é importante para prevenir a osteoporose
Verdade. A osteoporose é decorrente não apenas da falta de cálcio, mas também de alimentação inadequada, alterações hormonais e fatores genéticos, comenta Silvia.
— Quem toma leite a vida inteira, adquire massa óssea mais densa e chega aos 70 anos sem muitos problemas nos ossos.
Verdade. A osteoporose é decorrente não apenas da falta de cálcio, mas também de alimentação inadequada, alterações hormonais e fatores genéticos, comenta Silvia.
— Quem toma leite a vida inteira, adquire massa óssea mais densa e chega aos 70 anos sem muitos problemas nos ossos.
9. O leite causa acne
Mito. A médica do Einstein explica que “a acne (espinha) é um espessamento da pele, sendo uma tendência familiar”. Desta forma, seu surgimento não tem relação com o consumo de leite.
Mito. A médica do Einstein explica que “a acne (espinha) é um espessamento da pele, sendo uma tendência familiar”. Desta forma, seu surgimento não tem relação com o consumo de leite.
Gestantes devem beber leite
Verdade. A ingestão de cálcio na gravidez é importante para garantir o bom desenvolvimento do bebê. Se a alimentação da gestante for deficiente do mineral, o bebê acaba “roubando” o cálcio dos ossos da mãe, o que pode prejudicá-la. A única ressalva, segundo Andrea, é em relação ao leite cru e não pasteurizado pelo risco de infecção.
— Agora, se a gestante for intolerante à lactose ou alérgica deve conversar com o médico para repor o alimento de outra forma.
Verdade. A ingestão de cálcio na gravidez é importante para garantir o bom desenvolvimento do bebê. Se a alimentação da gestante for deficiente do mineral, o bebê acaba “roubando” o cálcio dos ossos da mãe, o que pode prejudicá-la. A única ressalva, segundo Andrea, é em relação ao leite cru e não pasteurizado pelo risco de infecção.
— Agora, se a gestante for intolerante à lactose ou alérgica deve conversar com o médico para repor o alimento de outra forma.
10. Tomar leite após o exercício físico promove ganho de massa muscular
Verdade. Segundo as especialistas, o consumo de leite após o exercício promove ganho de massa muscular devido à proteína. Andrea lembra que “a maioria dos suplementos proteicos é à base de proteína do leite”. No entanto, a quantidade depende do peso do atleta, mas, “em geral, varia de um a dois copos”.
— Aconselho beber a versão desnatada que apresenta baixo teor de gordura.
Verdade. Segundo as especialistas, o consumo de leite após o exercício promove ganho de massa muscular devido à proteína. Andrea lembra que “a maioria dos suplementos proteicos é à base de proteína do leite”. No entanto, a quantidade depende do peso do atleta, mas, “em geral, varia de um a dois copos”.
— Aconselho beber a versão desnatada que apresenta baixo teor de gordura.
11. Leite desnatado tem menos cálcio
Mito. Segundo Silvia, o leite desnatado recebe esta classificação porque tem menos gordura do que o integral, “o que não reflete em alteração do teor de cálcio”.
— A indústria alimentícia já oferece leite fortificado com cálcio, que também é uma ótima opção.
Mito. Segundo Silvia, o leite desnatado recebe esta classificação porque tem menos gordura do que o integral, “o que não reflete em alteração do teor de cálcio”.
— A indústria alimentícia já oferece leite fortificado com cálcio, que também é uma ótima opção.
12. O leite de saquinho é melhor que o de caixinha (longa vida)
Mito. “A classificação do leite em A, B ou C está relacionada à forma como ele é extraído e manipulado e tem relação com a qualidade do produto na medida em que o processo de obtenção leva a maior ou menor contaminação bacteriana", pondera Nogueira.
— Por outro lado, em termos nutricionais, o que diferencia os leites é a quantidade de gordura (desnatados, semi-desnatados ou integrais) e a fortificação que ele recebe (ferro, por exemplo) e não a classificação em A, B ou C
As versões longa vida ou de garrafa plástica são submetidas ao tratamento UHT (temperatura ultra-alta), enquanto os de saquinho ou garrafa que ficam na geladeira são pasteurizados, “mas a qualidade nutricional é a mesma”.
Mito. “A classificação do leite em A, B ou C está relacionada à forma como ele é extraído e manipulado e tem relação com a qualidade do produto na medida em que o processo de obtenção leva a maior ou menor contaminação bacteriana", pondera Nogueira.
— Por outro lado, em termos nutricionais, o que diferencia os leites é a quantidade de gordura (desnatados, semi-desnatados ou integrais) e a fortificação que ele recebe (ferro, por exemplo) e não a classificação em A, B ou C
As versões longa vida ou de garrafa plástica são submetidas ao tratamento UHT (temperatura ultra-alta), enquanto os de saquinho ou garrafa que ficam na geladeira são pasteurizados, “mas a qualidade nutricional é a mesma”.
13. Leite de vaca e de soja trazem os mesmos benefícios
Mito. Nogueira e Silvia esclarecem que leite é a secreção da glândula mamária dos mamíferos, sendo assim a bebida extraída da soja não pode ser considerada leite. Apesar das duas serem fontes de proteína, Silvia explica que elas pertencem a grupos alimentares diferentes.
— O leite de vaca é de origem animal, pertence ao grupo do leite e derivados. Já a bebida extraída da soja é fonte de proteína de origem vegetal e pertence ao grupo das leguminosas.
Mito. Nogueira e Silvia esclarecem que leite é a secreção da glândula mamária dos mamíferos, sendo assim a bebida extraída da soja não pode ser considerada leite. Apesar das duas serem fontes de proteína, Silvia explica que elas pertencem a grupos alimentares diferentes.
— O leite de vaca é de origem animal, pertence ao grupo do leite e derivados. Já a bebida extraída da soja é fonte de proteína de origem vegetal e pertence ao grupo das leguminosas.
14. O leite está relacionado ao surgimento de câncer e diabetes
Mito. De acordo com o nutrólogo da Abran, não há nenhuma comprovação científica, "considerando-se o conjunto do conhecimento atual e não apenas estudos isolados", que relacione o surgimento de câncer e diabetes com o consumo de leite.
Mito. De acordo com o nutrólogo da Abran, não há nenhuma comprovação científica, "considerando-se o conjunto do conhecimento atual e não apenas estudos isolados", que relacione o surgimento de câncer e diabetes com o consumo de leite.
R7
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