Segundo estudo, mamografia tridimencional é mais eficaz do que mamografia convencional |
A mamografia tridimensional permite diagnosticar muito mais casos de
câncer de mama e reduzir a quantidade de diagnósticos errados em
comparação com a mamografia convencional, de acordo com os resultados de
um amplo estudo clínico divulgado nesta terça-feira (24).
Comparada com uma mamografia bidimensional, a mamografia digital 3D, ou
tomossíntese, aumenta em 41% a taxa de detecção dos tumores mamários
invasivos (que sai do duto mamário) e em 29% o diagnóstico de todos os
cânceres de mama.
A técnica, aprovada pela agência americana encarregada do controle de
medicamentos (FDA) em 2011, também permitiu uma redução de 15% dos
diagnósticos equivocados, tanto positivos quanto negativos, explicaram
os autores deste estudo, publicado na edição desta quarta-feira (25) do
"Journal of the American Medical Association" (JAMA).
Essa pesquisa, a mais ampla realizada até agora sobre a eficácia do
exame, foi feita com cerca de meio milhão de mulheres em treze hospitais
americanos.
"O estudo confirma o que já sabíamos, que com a mamografia 3D são
diagnosticados mais cânceres invasivos e se evita a ansiedade e o custo
de exames adicionais para confirmar o que se revela um falso alarme",
destaca Donna Plecha, diretora do serviço de exames de imagem no
hospital universitário do Case Medical Center, em Cleveland (Ohio).
"Sabíamos que as mamografias salvavam vidas e este estudo nos dá dados
sólidos que mostram que a mamografia em 3D dá um melhor diagnóstico para
o câncer de mama, suficientemente precoce, quando ainda é tratável",
explicou.
Este sistema, que combina a mamografia digital com exame de imagem por
tomossíntese, permite obter imagens muito mais detalhadas e precisas do
seio. É usado para recriar imagens de um milímetro de espessura que
podem ser visualizadas em uma reconstrução da mama em 3D.
Para a paciente, não há muita diferença entre este exame e uma mamografia convencional, ele dura apenas alguns segundos mais.
A imagem 3D permite melhorar o diagnóstico, ajudando os radiologistas a
identificar as estruturas dos seios e ver bem as áreas que ficam
apagadas na mamografia bidimensional, que podem revelar um tumor, mas
também ocultá-lo.
O momento em que se descobre o câncer de mama determina as
possibilidades de sobrevivência da paciente, daí a importância que as
mulheres de 40 anos façam uma mamografia anual, segundo eles.
Se um câncer for detectado suficientemente cedo e não se estendeu para
além do seio, a taxa de sobrevida em cinco anos é de 97%, afirmam os
autores deste estudo.
G1
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