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terça-feira, 22 de julho de 2014

Cientistas conseguem 'limpar' DNA infectado de HIV

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Wikimedia Commons - Célula infectada por vírus HIV
Estudo indica que é possível extrair vestígios do vírus do organismo humano

Rio - Um estudo de cientistas da Universidade de Temple, publicado na revista da Academia Americana de Ciências, surge com uma nova esperança de cura para vítimas da Aids e mostra que é possível erradicar todos os vestígios de HIV a partir de uma cultura de células infectadas. Apesar de ainda não ser possível aplicar a técnica em humanos, o método é considerado uma “prova de conceito” de que pode existir cura para a doença. 

O ensaio pode derrubar a tese de que, uma vez infectada com o HIV, a pessoa nunca deixa de ter o vírus, forçando o uso de medicação por toda a vida. Isso porque o vírus não existe apenas no organismo. Em algumas células (chamadas de “reservatórios”), ele é camuflado da forma mais eficaz possível: desaparece, mas também se insere nos genes no DNA do hospedeiro. Até então, os tratamentos antirretroviral eram capazes de evitar que o vírus circulasse no corpo, mas uma vez inserido no DNA, não havia nenhuma maneira de tirá-lo. A medicação conseguia apenas abortar as tentativas de o vírus se reconstruir.

Mas o trabalho dos cientistas mostrou que é possível retirar o HIV do código genético. Para isso, eles introduziram enzimas células infectadas capazes de os cortar fragmentos do DNA malignos. Em um segundo momento, o próprio sistema de reparo do genoma faz o trabalho de recuperar genes como o eram antes da infecção. Segundo os especialistas, o processo seria semelhante ao de apagar trechos de um texto escrito em tiras de papel.

Apesar de positivo, os cientistas ressaltam que esse é apenas um primeiro e pequeno passo. O tratamento ainda não pode ser aplicado aos seres humanos em larga escala, já que existem milhares de tipos de células infectadas, sendo o processo complexo demais para ser usado em todo o organismo.

O Globo

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