Por Dr. Roberto Navarro
Estima-se que no Brasil 300 mil pessoas por ano recebam o diagnóstico de infarto agudo
do coração, segundo estatísticas atuais. E o mais preocupante é que
homens abaixo de 40 anos e mulheres estão também ocupando uma parte
destes novos casos, o que antigamente era uma exceção. Fatores como
tabagismo, sedentarismo, histórico familiar de cardíacos, elevação do
colesterol, diabetes e má alimentação sempre foram contribuintes para
engordar estas estatísticas.
Além dos
medicamentos prescritos pelo cardiologista e de um acompanhamento
rigoroso e periódico com este especialista, como deve ser a alimentação
deste grupo de pessoas? Será necessária alguma mudança? Sem dúvida que
sim, pois a chance de um novo infarto provavelmente aumentará com a
persistência de uma dieta inadequada.
Vamos então aos
fatos. Um estudo conhecido como Inter-Heart concluiu que uma
alimentação mais rica em verduras, legumes e frutas, pelo menos 400
gramas por dia, somando todos eles, é capaz de diminuir os riscos de
doenças cardíacas, pelo menos o primeiro infarto. Isto nos faz crer que
provavelmente pode contribuir para diminuir o risco de um novo episódio
(reinfarto), embora poucos estudos foram publicados para afirmar esta
prevenção secundária.
Alimentos que devem ser evitados
Outra questão
importante é o papel do tão falado "colesterol ruim" (LDL) como
desencadeador do "entupimento" dos vasos sanguíneos levando ao infarto
agudo do miocárdio. Uma parte do colesterol ruim que circula pelo nosso
sangue vem de alguns alimentos que ingerimos e logicamente evitá-los
faz parte da estratégia nutricional, sendo eles:
- Leite integral, queijos amarelos (cheddar, prato, muçarela, parmesão, meia cura, gouda, emmental, gruyére, provolone), requeijão integral, catupiry e manteiga.
- Embutidos como bacon, mortadela, salame, presunto, linguiça.
- Carne vermelha, pele de frango, carne de porco.
- Óleo de dendê e óleo de coco.
- Gordura hidrogenada (trans) utilizada na fabricação de sorvetes, molhos prontos, recheios de bolachas e pães doces e margarinas também elevam o colesterol ruim. Nas frituras também se forma a gordura trans.
Vale lembrar que
as fibras ajudam no controle do colesterol, pois diminuem sua absorção
no intestino. Vários estudos apontam que a consumo de 25 gramas por dia
de fibras pode diminuir o risco de doenças cardiovasculares. Mas aonde
elas estão presentes? As melhores fontes são: vegetais folhosos, alface,
rúcula, agrião, escarola, couve e outras. Aqui uma observação:
pacientes em uso de medicamento anticoagulante não devem exagerar no
consumo de vegetais verde escuros, pois a vitamina K presente nos mesmos
pode afetar o efeito desta medicação. Outras fontes de fibras:
legumes, cereais integrais (pães integrais, aveia, arroz integral, etc),
casca de frutas como maçã, pera, goiaba entre outras. Aliás, existe um
ditado americano que diz que quem come uma maçã por dia visita menos o
cardiologista.
A gordura
poli-insaturada ômega 3 também tem sido considerada "protetora" das
artérias do coração e são muito bem vindas na dieta do paciente
infartado. Estão presentes em peixes como salmão, atum, arenque,
sardinha, cavala. No reino vegetal são encontradas no óleo de linhaça
(ou mesmo nas sementes moídas), semente de chia, oleaginosas e algumas
algas marinhas.
Sabe-se também que
o colesterol só se torna "ruim", ou seja, passa a ter o poder de
entupir nossos vasos sanguíneos quando ele se "oxida", sendo então
fundamental aumentar o teor de nutrientes antioxidantes no cardápio do
dia a dia dos pacientes cardíacos.
Os principais nutrientes antioxidantes são: vitamina C, presente em boas quantidades na laranja, limão, goiaba, tangerina, kiwi e acerola, vitamina E, encontrada no azeite extravirgem, abacate, gérmen de trigo, selênio, castanhas, amêndoas e avelãs, carotenoides, presente nas cores dos vegetais como cenoura, tomate, abóbora, manga, berinjela, cebola roxa, gojiberry, mirtilo, entre outros. Outros alimentos como a soja também se mostraram eficientes na diminuição do risco de desenvolvimento de doenças cardíacas, segundo alguns estudos.
Os principais nutrientes antioxidantes são: vitamina C, presente em boas quantidades na laranja, limão, goiaba, tangerina, kiwi e acerola, vitamina E, encontrada no azeite extravirgem, abacate, gérmen de trigo, selênio, castanhas, amêndoas e avelãs, carotenoides, presente nas cores dos vegetais como cenoura, tomate, abóbora, manga, berinjela, cebola roxa, gojiberry, mirtilo, entre outros. Outros alimentos como a soja também se mostraram eficientes na diminuição do risco de desenvolvimento de doenças cardíacas, segundo alguns estudos.
Para encerrar fica
a dica de que a prevenção ainda é o melhor caminho para diminuirmos a
chance de termos um infarto do coração. Atividade física frequente e
supervisionada (pelo menos 150 minutos por semana), manter o peso em
níveis adequados, não fumar e nem abusar do álcool, ter uma alimentação
saudável como a descrita acima e fazer exames médicos periódicos ainda
são as atitudes mais eficientes que podem evitar as doenças
cardiovasculares.
Minha Vida
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