Getty Images: Principal característica do autismo é a inabilidade de interagir em situações sociais |
A ocitocina, também conhecida como "hormônio do amor",
pode ajudar pessoas com autismo, cuja principal característica é e a
inabilidade de lidar com outros, a interagir mais em situações
sociais. De acordo com os cientistas, o hormônio foi capaz de ajudar
adultos a entender melhor as emoções e expressões faciais. As
informações são do Daily Mail.
De acordo com a nova pesquisa, feita por cientistas
japoneses da University of Tokyo, apenas uma dose do hormônio é capaz de
aumentar a atividade da área do cérebro que processa as emoções. Até
agora, o tratamento se mostrou eficaz em pacientes com autistmo
altamente funcional, proporcionando mais habilidades de comunicação, mas
os pesquisadores acreditam que também possa beneficiar os portadores de
autismo clássico.
Para chegar a esta conclusão, a equipe analisou 40
homens com autismo altamente funcional que receberam ocitocina por meio
de um spray nasal. Após 90 minutos, exames mostraram aumento da
atividade da área do cérebro responsável por processar emoções. Em
seguida, os pacientes receberam uma tarefa em que precisavam avaliar se
um personagem de filme era bom ou mau por meio de sinais verbais e
não verbais.
O resultado mostrou que a ocitocina realmente auxiliou
os participantes a interpretarem melhor as ações dos personagens. "Os
autistas com déficit em comunicação não-verbal e interação podem se
beneficiar da ocitocina", concluiu Hidenori Yamasue, co-autor do estudo.
O hormônio é produzido pelas mulheres durante a gravidez, o parto e a
produção do leite para amamentação e já foi associado a tratamentos para
pessoas com distúrbios sociais e de humor. O efeito da ocitocina em
autistas pode ser percebido em cerca de 20 minutos, no entanto, mais
estudos devem ser feitos para determinar por quanto tempo dura.
Terra
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