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segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Nada de medo! Saiba como se preparar para a 1ª consulta no ginecologista

O uso de anticoncepcional é outro tema muito
lembrado pelas pacientes no consultório, mas é importante conversar com o médico antes de iniciar o uso da pílula. — O profissional vai avaliar muitos fatores, entre eles o histórico médico e familiar da paciente, identificar condições que contraindicam o uso
de pílulas, seu perfil e qual pílula pode trazer mais benefíciosAlém de prevenir a gravidez, o médico lembra que as pílulas também podem amenizar a oleosidade da pele, melhorar
cabelo e unhas, não levar a ganho de peso, aliviar intensidade de cólicas e a
TPM
Foto: Thinkstock
Especialista dá dicas de como abordar o assunto

Você sabe qual é a idade ideal para ir ao ginecologista pela primeira vez? O que acontece dentro do consultório do médico? Preciso ir no mesmo ginecologista da minha mãe? Essas perguntas são apenas alguns exemplos dos questionamentos mais comuns que surgem na cabeça das meninas.

Para desvendar esse mistério e perder o medo de uma vez por todas, o ginecologista e obstetra Fábio Muniz, do Hospital e Maternidade São Cristóvão, aborda o tema a seguir. 

O médico explica que geralmente as adolescentes vão acompanhadas das mães às consultas e devem ser respeitadas se quiserem conversar em particular, pois a consulta está sob sigilo. Apenas em situações de risco para a paciente, como suspeita de abuso ou doença grave, os pais ou responsáveis deverão ser comunicados.

Segundo o especialista, a idade ideal para a primeira consulta é entre 11 e 13 anos, período que coincide com a primeira menstruação.

― A primeira consulta é mais uma conversa sobre os assuntos relacionados ao desenvolvimento do corpo feminino, como menstruação, cólicas, início da vida sexual, prevenção de doenças entre outros assuntos de interesse da paciente.

Existe um medo ou timidez quando o assunto é o exame ginecológico, mas o médico tranquiliza as meninas.

― O exame físico poderá ou não ser realizado no primeiro contato, de acordo com a necessidade. Deverão ser examinadas as mamas ou o broto mamário com o objetivo de avaliar o desenvolvimento habitual, também palpamos o abdome para avaliar a presença de alguma massa ou ponto doloroso.

O exame ginecológico realizado constitui-se da inspeção da região genital, avaliação da pilificação (crescimentos dos pelos), desenvolvimento da vulva e dos lábios. Pode ser necessária a inspeção himenal, pois em alguns casos a paciente pode apresentar um hímen imperfurado, situação que leva a muita dor abdominal e ausência de menstruação.

Para as pacientes que não tiveram sua primeira relação sexual, não é utilizado o espéculo, explica o médico. Ele reforça que a consulta deve ser encarada com naturalidade, como um cuidado necessário à saúde. 

Uma dica é as filhas acompanharem as mães em suas consultas ginecológicas, o que pode contribuir "para desmistificar esse momento”.

O papanicolau é um exame no qual se usa uma haste parecida com palito de picolé ou um cotonete para colher células da região do colo uterino e avaliar se existe alguma manifestação atípica, e que poderia ser uma lesão pré-maligna. Nos casos em que a paciente é virgem, em geral, o exame não é necessário.

Outra dúvida de muitas pacientes é como saber ao certo o número de dias do ciclo menstrual, aponta Muniz.

— Os hormônios que controlam o ciclo de cada mulher são produzidos pelos ovários sob regulação de uma região do cérebro chamada hipotálamo. Normalmente, o ciclo tem a duração de 26 a 34 dias, variando de organismo para organismo. Consideramos o primeiro dia da menstruação como o início do ciclo, que é finalizado no primeiro dia da menstruação seguinte.

O uso de anticoncepcional é outro tema muito lembrado pelas pacientes no consultório, mas é importante conversar com o médico antes de iniciar o uso da pílula.

— O profissional vai avaliar muitos fatores, entre eles o histórico médico e familiar da paciente, identificar condições que contraindicam o uso de pílulas, seu perfil e qual pílula pode trazer mais benefícios.

Além de prevenir a gravidez, o médico lembra que as pílulas também podem amenizar a oleosidade da pele, melhorar cabelo e unhas, não levar a ganho de peso, aliviar intensidade de cólicas e a TPM.

R7

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