Vanessa V./ Freeimages |
Alimento bem para o coração, os ossos e até para a visão
Ele é saboroso, nutritivo e faz muito bem para a saúde. Ainda assim,
há quem resista em incluir o peixe na alimentação do dia a dia.
Apesar
de vivermos em um país com mais de 8 mil quilômetros de praias e outros
milhares de quilômetros de rios, o brasileiro consome apenas nove quilos
de pescados por ano, de acordo com dados do Ministério da Pesca e da
Aquicultura. Número que, apesar de ter crescido nos últimos anos, ainda é
muito inferior ao do consumo de carne vermelha, que alcança 37 quilos
anuais no país.
E
motivos para aumentar o consumo de peixes não faltam: ele está
relacionado a menores níveis de colesterol ruim, aumento do colesterol
bom, beneficiando diretamente a saúde do coração. Além disso, há amplos
estudos que indicam que os peixes ajudam a evitar enfermidades como a
asma, a artrite reumatoide e as doenças inflamatórias intestinais.
— Os peixes fornecem uma proteína de excelente valor biológico, de
fácil digestão e, ao contrário das outras carnes, não são ricos em
gorduras saturadas e possuem menos calorias, podendo auxiliar na perda
de peso — explica a endocrinologista do Centro da Obesidade e Síndrome
Metabólica da PUCRS, Andresa Colombo Balestro.
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Os peixes também são ricos em vitaminas, cálcio, ferro e selênio. São fontes de cálcio e vitamina D, auxiliando na saúde óssea e prevenindo a osteoporose. Possuem vitaminas do complexo B que fortalecem o sistema nervoso e ajudam no crescimento e bom estado da pele, unhas e visão. Para ter todos esses benefícios, não precisa ter um consumo muito elevado: basta uma porção de 100g, o equivalente a um filé pequeno, duas vezes por semana, de acordo com recomendações da American Heart Association.
O poderoso ômega 3
Um dos principais componentes que tornam os peixes alimentos tão saudáveis é o ômega 3.
— Os ácidos graxos ômega 3 reduzem a viscosidade do sangue,
diminuindo as taxas de triglicérides e aumentando o colesterol bom.
Podem auxiliar no controle da pressão arterial, do diabetes e de doenças
degenerativas — afirma Andresa.
O
ômega 3 também traz benefícios para a saúde de gestantes e bebês, sendo
responsável por uma taxa menor de partos prematuros. O consumo de
peixes é liberado na gestação, desde que o alimento esteja bem cozido.
— O ômega 3 é importante no desenvolvimento do sistema nervoso
central do feto e do recém-nascido. Por isso, a mãe deve manter uma
dieta rica em peixes também durante a amamentação — diz a nutricionista
Paula Zubiaurre.
Todos
os peixes contêm ômega 3, mas os campeões na quantidade são os de água
fria. Entretanto, é bom ficar atento à procedência, pois os animais
criados em cativeiros têm uma concentração menor do ácido graxo. Também é
importante prestar atenção à forma de consumo: o produto fresco tem
qualidade superior àquele que já está pronto, como os enlatados. No caso
do atum e da sardinha, ainda assim, eles continuam sendo fonte de ômega
3. A dica é optar pelo produto preparado em água e sal, mais saudável
do que a versão em óleo. E, ao optar pela versão fresca, cuidado na hora
do preparo: evite as frituras e retire a pele do peixe antes de grelhar
ou assar, pois é nela que se encontra ao mau colesterol.
Que quantidade deve ser ingerida para obter a porção adequada de ômega 3?
Um estudo publicado no Journal of the American Heart Association em
2002 apresentou a quantidade de peixes a ser consumida diariamente para
alcançar aproximadamente 1g de ômega 3.
Confira:
- Atum enlatado em água: 340g
- Atum fresco: 71g a 340g
- Salmão rosa: 71g
- Salmão do Atlântico (cultivado): 42,5g a 71g
- Salmão do Atlântico (selvagem): 57g a 99g
- Atum fresco: 71g a 340g
- Salmão rosa: 71g
- Salmão do Atlântico (cultivado): 42,5g a 71g
- Salmão do Atlântico (selvagem): 57g a 99g
- Truta cultivada: 85g
- Truta selvagem: 99g
- Bacalhau do Atlântico: 354g
- Bacalhau do Pacífico: 652g
- Sardinha: 57g a 85g
- Cavala: 57g a 241 g
- Arenque do Atlântico: 57g
Zero Hora
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