Foto: Pascal Guyot/AFP Funcionários de saúde recolhem corpo de pessoa morta por ebola em uma casa em Monróvia, na Libéria |
Cerca de 3700 crianças perderam seus pais para o surto de ebola na África Ocidental, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU). São órfãos de uma crise de saúde pública que já matou mais de 3 mil pessoas na Guiné, em Serra Leoa e na Libéria.
Para agravar a situação, essas pequenas vítimas da doença estão sendo evitadas porque podem estar contaminadas e, sendo assim, um simples abraço de conforto pode significar um contágio. A Unicef, braço da ONU para a infância, fez um apelo mundial por cuidados para as crianças.
O cálculo sobre o número de órfãos do ebola foi feito ao longo de um trabalho de duas semanas da Unicef nos três países africanos. Inicialmente, foram contados 4900 órfãos, mas a quantidade depois foi corrigida para 3700. Mas o órgão estima que, nas próximas semanas, esse universo deve aumentar em duas vezes.
Segundo a pesquisa, crianças de 3 ou 4 anos de idade estão sendo abandonadas devido ao surto mortal. Pequenos africanos tem sido descobertos sozinhos em hospitais onde seus pais morreram, ou então nas suas comunidades, onde, com sorte, recebem algum tipo de cuidado de seus vizinhos, que, mesmo assim, evitam qualquer tipo de contato físico.
"Milhares de crianças estão sobrevivendo às mortes de suas famílias", disse Manuel Fontaine, representante da Unicef. "Essas crianças merecem atenção especial e apoio urgente. Mas muitos se sentem evitados ou mesmo abandonados".
O Globo
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