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terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Ciência aposta na mudança na composição das pastas de dente contra cáries

Medidas biotecnológicas e mudanças na composição das pastas de dente estão entre as alternativas mais recentes para prevenir a principal doença bucal do mundo
 
A cárie é o segundo problema de saúde mais comum no mundo. Segundo especialistas, só perde para a gripe.

Estimativas indicam que a incidência da doença bucal varia de 50% a 99% dos integrantes na maioria das comunidades. Saídas para evitá-la, portanto, são bem-vindas. E desafiam cada vez mais cientistas de instituições brasileiras.

Soluções tecnológicas e mudanças na escovação surgem como opções preventivas. Algumas ainda não saíram dos laboratórios. Outras partiram com sucesso para a aplicação clínica.

É o caso de uma técnica criada em pesquisa liderada por Paulo Frazão, dentista e professor da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP). Trata-se da escovação vestíbulo-lingual, que consiste em escovar os dentes de crianças de 2 a 7 anos com mais cuidado nas partes vulneráveis às lesões. “Com o método, o auxiliar de saúde concentra-se nos molares permanentes, que estão se desenvolvendo”, explica Frazão.
 
A adoção da prática em municípios paulistas resultou em reduções nos casos da doença e ganhou repercussão em revistas científicas internacionais.

A selagem também se apresenta como alternativa aos dentes mais delicados. Sobre eles, coloca-se uma espécie de filme plástico. Desse modo, a comida pode ser retirada com mais facilidade, evitando o acúmulo de bactérias. O procedimento também é indicado para as crianças. “Considero uma medida interessante e benéfica, mas só pode ser adotada se recomendada pelo dentista”, destaca Frazão.
 
Outra solução simples são os cremes dentais da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Um deles, já à venda, tem trimetafosfato de sódio — substância que potencializa a ação preventiva e agride menos os dentes — e teor menor de flúor, evitando as manchas esbranquiçadas causadas pelo uso excessivo do composto. “É perigoso para uma criança engolir as pastas de dente convencionais. Elas têm entre 1.100 e 1.500ppm (partes por milhão) de flúor, uma quantidade excessiva para quem está aprendendo a escovar”, diz Alberto Carlos Botazzo Delbem, responsável pelo estudo. A pasta criada por eles tem a metade desse flúor.

O segundo projeto da equipe consiste em uma pasta dental com fosfato, substância que também ajuda no controle da cárie. “Essa ainda está em teste, mas o objetivo é fazer com que também seja comercializada. Acreditamos que dará uma proteção maior na hora da escovação”, diz Delbem.
 
Alimentos modificados
No campo das soluções biotecnológicas, o alvo é o açúcar, um grande vilão dos dentes. Cientistas buscam modificar a composição do produto para que ele se torne menos prejudicial. Projeto nessa linha ainda são bastante experimentais. Por isso, há quem aposte em atalhos, como o desenvolvimento de alimentos que reduzam a possibilidade de surgimento de cáries.
 
Correio Braziliense

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