Falta de flúor na água favorece surgimento de cárie em crianças |
São Paulo já está enfrentando uma das piores crises hídricas da história. Para agravar a situação, os resultados parciais de um levantamento sobre a fluoretação da água dos 645 municípios do Estado de São Paulo aponta que 24,57% estão com teores de flúor inadequados para a saúde bucal. Das 2.772 amostras analisadas até o momento, 16,67% estão com baixa quantidade da substância. Essa deficiência favorece o surgimento de cáries em crianças de 0 a 12 anos.
De acordo com o estudo, 7,9% das amostras estão com superdosagem de flúor, o que pode facilitar o caminho para a fluorose dentária — manchas, geralmente esbranquiçadas, que aparecem nos dentes. O restante, 75,43% das coletas apresentaram fluoretação adequada.
As análises foram realizadas pelo CROSP (Conselho Regional de Odontologia de São Paulo), em parceira com a USP (Universidade de São Paulo) e a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Para concluir o Senso do Flúor, apelidado dados pelos pesquisadores, ainda falta analisar 8.733 amostras para completar as 11.505 coletadas.
O presidente do CROSP, Cláudio Miyake, garante que a correta quantidade de flúor aplicada na água combate a formação de cáries, assim como teores altos são igualmente prejudiciais.
— Os desdobramentos da iniciativa foram muito bons, mas fica evidente que este tipo de análise deve acontecer de forma sistemática e ampliada, garantido que a população não corra riscos em virtude da má fluoretação das águas.
O estudo completo, apresentando um mapa com a condição específica de cada município, só será possível a partir de maio desse ano.
R7
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