A técnica usada para achar a teixobactina deve “reavivar o campo da busca por antibióticos”, pelo qual muitas empresas farmacêuticas já haviam perdido o interesse, afirma Kim Lewis, cientista que liderou o trabalho, que foi publicado na revista “Nature”
Ele afirma que, até agora, já descobriram 25 substâncias candidatas a serem utilizadas como antibióticos. “A teixobactina é o mais recente e mais promissor.”
Algumas dessas substâncias, diz, são similares a antibióticos já existentes, mas podem vir a apresentar desempenho melhor em testes.
O otimismo pode rever um cenário ruim exposto pela OMS. Segundo a entidade, 8 das 15 grandes farmacêuticas haviam abandonado seus programas de descoberta de antibióticos e duas delas tinham feito cortes nessa área na década passada.
Os fatores que levam a esse cenário são muitos: as pesquisas são caras e a resistência bacteriana pode diminuir o tempo de vida das drogas; antibióticos são usados por pouco tempo e para curar doenças, ao contrário de remédios usados cronicamente; e antibióticos mais novos e mais eficazes são usados apenas em último caso, quando a infecção é gravíssima.
O problema chamou a atenção de um consórcio europeu público-privado, formado no fim de 2014, para criar novos modelos de produzir as drogas. O grupo inclui gigantes como Pfizer, Roche e GlaxoSmithKline.
Folha de São Paulo
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