Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Pastéis, raspadinha e porções na praia podem provocar intoxicação e acabar com as férias

Manuseio inadequado pode infectar alimentos com bactérias
Especialista explica que a má conservação dos alimentos é a principal causa do problema
 
Na praia não faltam guloseimas atraentes que enchem os olhos dos turistas, especialmente no verão. Porções de frutos do mar, pastéis, milho cozido, raspadinhas, sorvetes, queijo coalho são alguns das muitas opções. Mas, antes de devorar alguns dos alimentos das barraquinhas ou de vendedoras ambulantes, tome cuidado, pois os quitutes podem se tornar verdadeiros vilões no seu passeio.

De acordo com especialistas consultados, a má conservação e o preparo, muitas vezes inadequado, podem causar a contaminação do produto e acarretar problemas de saúde, como a intoxicação alimentar.
 
Segundo a nutricionista do Departamento de Medicina Preventiva da Escola Paulista de Medicina da Unifesp Anita Sachs, a maioria dos casos de intoxicação alimentar ocorre por causa da contaminação dos alimentos por bactérias que aparecem graças ao manuseio inadequado do alimento.
 
― Alimentos como a maionese, queijo coalho, raspadinha, pasteis e porções podem se tornar vilões das nossas férias, já que não sabemos a procedência dos ingredientes e nem se eles foram armazenados e preparados da maneira correta. Por isso é sempre um risco consumi-los.
 
O infectologista do Hospital Samaritano Jorge Amarante explica que a intoxicação alimentar pode provocar diversas consequências ao organismo.
 
― Os principais sintomas são a diarreia liquida, vômitos, e dor abdominal. Em alguns casos mais graves podem ocorrer até sangramentos intestinais.
 
Cuidado com a água
Além da atenção especial aos alimentos na praia, com a falta da água em vários Estados do País, Amarante alerta também para a qualidade da água consumida.
 
― Por causa da alta demanda do período do verão, o tratamento da água acaba não sendo adequado por não haver tempo hábil para fazê-lo corretamente.
 
Segundo Anita, essa mesma água pouco tratada é utilizada por muitas barraquinha e ambulantes para fazer gelo ou cozinhar, "deixando os alimentos e bebidas potencialmente perigosos".
 
― A água também pode ser a causadora da intoxicação. Não me refiro apenas a água que bebemos, mas também na que usamos para cozinhar, já que ela, mesmo após ser utilizada no preparo de alimentos, pode continuar infectada e causar problemas de saúde. Quanto as bebidas, é recomendável que se prefira a cerveja à drinks que levam gelo ou água em sua composição.
 
Aposte alimentos caseiros
Para quem prefere “fugir” dos alimentos de praia, a nutricionista da Unifesp recomenda a preparação de lanches em casa, assim será possível ter mais controle sobre a procedência e qualidade dos produtos.
 
― Opte por queijos processados, hortaliças, frutas e sanduiches com queijo, manteiga e outros condimentos.
 
De acordo com a nutricionista do Hospital Samaritano, Fernanda Alves, além do cuidado na preparação dos alimentos, é fundamental que eles sejam, conservados em bolsas térmicas após serem refrigerados.
 
― O tempo de conservação dos alimentos depende da qualidade da bolsa e do uso do gelo, mas principalmente dos ingredientes do lanche. Lanches com molhos são muitos perigosos, pois o risco para estragar é bem maior, portanto prefira lanches sem maionese, requeijão ou patês. Sanduíches com recheios ricos em agua também podem ter a contagem de bactérias aumentada e mesmo sem aparência de que estão estragados podem apresentar riscos para saúde. 
 
Apesar da maioria das comidas típicas das praias carregaram consigo chance de estarem infectadas, a nutricionista da Unifesp afirma que é possível comer "uma coisa ou outra que é vendida à beira mar".

― A água de coco e os picolés de marcas conhecidas são ótimas opções para se hidratar e enganar a fome nas praias, já que a chance de esses alimentos estarem estragados é muito baixa.
 
R7

Nenhum comentário:

Postar um comentário