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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Menopausa e cigarro podem causar atrofia vaginal

Perda de elasticidade e secura são sintomas comuns da condição
 
Por Dr. Fabio Laginha Ginecologista e Obstetra - CRM 42141/SP
 
A falta de estrogênio causa atrofia vaginal (AV), que é uma condição caracterizada por: secura, inflamação e adelgaçamento das estruturas da pele e mucosas que revestem os órgãos genitais e urinários.

O hormônio estrogênio é responsável pela manutenção do colágeno que mantêm a elasticidade, espessura, umidade da pele e a sua vascularização. Além destas alterações, os lactobacilos da flora vaginal normal desaparecem, mudando a flora e propiciando maior risco de infecções genitais e urológicas.

O problema ocorre, normalmente, em determinados períodos da vida: pós-parto, amamentação, retirada dos ovários, necessidade de uso de determinados medicamentos, doenças sistêmicas ou autoimunes, etc. A menopausa, com a falência dos ovários, é o inicio do climatério, fase mais comum e importante que leva a atrofia uro/genital.

Devemos lembrar que, atualmente, a mulher vive grande parte de sua vida nesta fase e cerca de metade delas apresenta sintomas como: corrimento, prurido, sangramento, dor na relação sexual, infecções urinárias de repetição e incontinência urinaria.

Existem algumas doenças que podem precipitar a atrofia vaginal e levar a sintomas muito parecidos como: liquem escleroso, doenças autoimunes, infecções crônicas, problemas alérgicos locais etc. Além da falta de estrogênios, algumas outras condições podem acelerar ou exacerbar o problema como: cigarro, cirurgia vaginal, falta de relação sexual, ausência de parto por via vaginal.
 
Como tratamento, após avaliação global da paciente, exclusão de cânceres e doenças que possam levar a riscos, podemos utilizar os hormônios de forma sistêmica e/ou local para atenuar estes sintomas.

Alguns medicamentos não hormonais locais podem ser usados sem riscos, assim como determinada forma de laser parece aumentar o trofismo e formação de colágeno. Fisioterapia pode ser indicada em casos específicos. Devemos orientar e tratar de forma individualizada, para que tenhamos o controle das queixas uro/genitais, melhorando muito a qualidade de vida destas pacientes.
 
Minha Vida

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