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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Relacionamento instável e dificuldade financeira podem causar depressão pós-parto

Depressão pós-parto é comum, mas tem tratamento
No Brasil, cerca de 40% das mulheres desenvolvem o quadro, segundo o Ministério da Saúde 
 
A depressão pós-parto é mais comum do que muitas mulheres pensam. Marcada por intensas mudanças corporais, hormonais e emocionais o quadro pode até ser considerado normal.

A psicóloga Adriana Fregonese, professora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, alerta que mulheres com rotinas estressantes, quadros de ansiedade, relacionamento conjugal instável, dificuldades no relacionamento com o pai da criança, ausência de apoio familiar, gestação indesejada, quadros passados de depressão e dificuldades financeiras são mais propensas a apresentarem o distúrbio.
 
— Muitos aspectos relacionados à depressão pós-parto ainda não estão totalmente esclarecidos cientificamente. Novos estudos são necessários para conhecermos a etiologia e as características do mal, bem como suas implicações para o desenvolvimento da criança.
 
No Brasil, cerca de 40% das mulheres desenvolvem a depressão pós-parto, segundo o Ministério da Saúde e 10% delas sofrem com o nível mais severo.
 
Segundo a psicóloga, a tristeza sofrida pela mulher após o período de gestação e parto é considerada normal nos primeiros dez dias após o nascimento do bebê.
 
— O estado de tristeza no pós-parto é caracterizado por alterações transitórias de humor materno como choro fácil, irritabilidade, flutuações de humor, tristeza, fadiga, dificuldade de concentração, insônia e ansiedade.
 
“Paciente com depressão tem medo de ser tachado de louco”, diz especialista A depressão pós-parto também tende a ser mais intensa quando há uma quebra muito grande de expectativa em relação ao bebê e ao estilo de vida que se estabelece com a maternidade. É comum que a mãe desenvolva sentimentos de fracasso na responsabilidade por um bebê e não saiba lidar com oscilação de humor em virtude desse período de adaptação.
 
— É essencial para a saúde mental e o desenvolvimento da personalidade do bebê a vivência de uma relação inicial calorosa, íntima e contínua com a mãe. A interação é essencial para o recém-nascido, já que a mãe é a intermediadora dele com o mundo. Uma vez privada desse vínculo afetivo e cuidados amorosos, a criança sente e sofre", de acordo com a professora.
 
O tratamento inclui acompanhamento profissional psiquiátrico e psicológico, com administração de medicamentos quando necessário, e sessões de psicoterapia, conclui a especialista.

R7

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